Às vésperas de fazer strike na Lava Jato, o jornalista norte-americano Glenn Greenwald classificou nesta segunda-feira (14) como “burro” o advogado lavajatista que pediu bloqueio do site The Intercept Brasil.
O pedido de habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal (STF) foi negado pelo ministro Celso de Mello porque a ação de destina-se, unicamente, a amparar a imediata liberdade de locomoção física das pessoas.
Além disso, argumentou o ministro do STF, o ministro da Justiça Sergio Moro não constituiu como mandatário judicial o impetrante da ação. Ou seja, o advogado Arnaldo Saldanha Pires não tem legitimidade para propor a demanda em favor do ministro do ex-juiz da Lava Jato.
“É uma benção tão bela ter inimigos burros”, comemorou Glenn, que também é advogado. O fundador do Intercept fez questão de publicar no Twitter um emoji rindo [?] do autor da ação.
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“Como se sabe, a ação de ‘habeas corpus’ destina-se, unicamente, a amparar a imediata liberdade de locomoção física das pessoas, revelando-se estranha à sua específica finalidade jurídico-constitucional qualquer pretensão que vise a desconstituir atos que não se mostrem ofensivos, ainda que potencialmente, ao direito de ir, de vir e de permanecer das pessoas”, decidiu Celso de Mello.
Na semana passada, veio a público que o procurador Deltan Dallagnol “cairá para cima” –numa promoção no Ministério Público Federal (MPF)– que o obrigaria a deixar a coordenação da força-tarefa em Curitiba. A defenestração do moço seria em virtude das reportagens da #VazaJato.
Para completar o strike na Lava Jato, na quinta-feira (17) o STF julgará o fim de prisões antecipadas em caso de condenações em segunda instância, isto é, sem o trânsito em julgado.
É uma benção tão bela ter inimigos burros. ? https://t.co/rKsbcXHDn6
— Glenn Greenwald (@ggreenwald) October 14, 2019
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.