O relatório da CPI da Câmara de Deputados que investigou o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) propõe o indiciamento da direção da mineradora Vale, da TüvSüd, a consultoria responsável por atestar a segurança das barragens, do ex-presidente da companhia Fabio Schvartsman e de mais 21 pessoas. Até agora foram identificadas 272 vítimas fatais do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão.
A apresentação do parecer do relator, Rogério Correia (PT-MG), está prevista para esta terça-feira (29) e a votação para 5 de novembro. Outra CPI, da Assembleia Legislativa de Minas, que também investigou o criminoso desastre, pediu o indiciamento de 11 funcionários da Vale, entre dirigentes e funcionários, e de dois auditores da TüvSüd.
Para o deputado Rogério Correia (PT-MG), a Vale sabia que a barragem B1 era instável, mas “preferiu parir certificações fraudulentas”.
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O rompimento da barragem B1 na Mina Córrego do Feijão, ocorrido às 12h28 de 25 de janeiro, causou 270 mortes; 272, se computarmos os bebês que seriam os primeiros filhos de duas vítimas gestantes. Desse total, há ainda 18 corpos sendo procurados pelos bombeiros de Minas Gerais. Além das mortes, causou-se um dano ambiental imensurável na bacia do Paraopeba, rio que era usado para captação de água para a grande Belo Horizonte.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.