A comemoração da data que marcou o início da ditadura militar no Brasil, defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) no mês passado, não tem o apoio da maioria da população, aponta pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (6).
Para a maior parte das pessoas, o dia 31 de março de 1964, data do golpe que levou o país a um período de exceção de 21 anos, deve ser desprezado. Essa é a opinião de 57% dos 2.086 entrevistados pelo instituto entre terça (2) e quarta (3). A parcela dos que acham o contrário, que a data merece comemorações, é de 36% dos brasileiros. Outros 7% não souberam responder ou não quiseram opinar sobre o tema.
As polêmicas a respeito do aniversário de 55 anos do golpe começaram no último dia 25, quando o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, afirmou que Bolsonaro havia determinado ao Ministério da Defesa as “comemorações devidas”, em quartéis, do dia 31 de março. A orientação foi inédita nas últimas duas décadas, desde a criação da pasta, e levou a Defensoria Pública da União e tentar barrá-la na Justiça.
O Datafolha entrevistou 2.086 pessoas em 130 cidades brasileiras.
*Com informações da Folha de São Paulo