O superintendente regional da Delegacia do Trabalho, Neivo Beraldin, ex-deputado estadual pelo PDT, em conversa com o presidente da CPI da Urbs, Jorge Bernardi, também do PDT, sugeriu que o mesmo peça a quebra os sigilos bancário, fiscal e telefônico das empresas do transporte coletivo de Curitiba.
No final de junho, a Câmara Municipal de Curitiba aprovou por unanimidade a criação de uma comissão para investigar as 12 empresas de ônibus, as planilhas de custos e o preço final das tarifas de ônibus.
CPI que se diz séria tem que pedir quebra de sigilo!, aconselhou Beraldin, do alto da experiência de quem presidiu, em 2003, a CPI do Banestado, que investigou R$ 19 bilhões no banco estatal paranaense privatizado pelo governo Jaime Lerner.
Beraldin contou ao correligionário Bernardi que, em 2003, quando comandava a CPI do Banestado, pediu a quebra de sigilos de 14 empresas. Uma delas entrou na Justiça contra, mas um acórdão no STF garantiu a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico. Esse acórdão também vale para CPIs municipais e estaduais!, ensina o delegado do Trabalho.
Será que essas empresas [de ônibus] investem todo dinheiro que recebem no próprio setor ou diversificaram seus investimentos, como na área imobiliária ou pró-labores mais gordos?!, questiona Neivo Beraldin, que é do mesmo partido do prefeito Gustavo Fruet.