O Palácio do Planalto monitorava há dias queda na aprovação da popularidade de Dilma Rousseff. O que o Datafolha mostrou neste sábado, 29, nas páginas da Folha de S. Paulo, o núcleo duro da presidenta já sabia. Os números conferiram.
A iniciativa política de Dilma propor o Plebiscito para a reforma política, por sugestão de Lula, foi uma das tentativas de estancamento na ferida deixada pelos protestos de rua.
Pois bem, esta semana houve dois movimentos políticos importantes: 1- o protagonismo do ministro Aloizio Mercante (Educação) na articulação; e 2- o recolhimento da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que vinha tendo grande exposição na mídia.
Os números do Datafolha embora já fossem sabidos (pela cúpula governista) têm efeito psicológico devastador no mundo político depois de publicados. No Paraná, especula-se que com esse novo cenário — com Dilma em baixa e a possível volta de Lula em 2014 (leia sobre isso clicando aqui) — Gleisi esteja repensando o projeto de disputar o Palácio Iguaçu. Era tudo que o governador Beto Richa (PSDB) queria ouvir.
A ministra tem mandato de senadora até janeiro de 2019, portanto, imagina-se que ela permaneça no cargo ou retorne para o Senado. Como a política é muito dinâmica, o quadro pode mudar com a mesma velocidade das redes sociais…
Segundo o instituto de pesquisa, a popularidade da presidenta caiu de 57% para 30%. A queda é comparável a de Fernando Collor de Mello, em 1990, depois de confiscar a poupança dos brasileiros.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.