Os usuários de rodovias gaúchos foram brindados com a notícia da extinção de uma praça de pedágio em Farroupilha, na região metropolitana de Caxias do Sul, a 110 km de Porto Alegre. Lá, houve o cumprimento de promessa de campanha do governador Tarso Genro (PT) de liquidar os postos de cobranças desnecessários e de estatizar o serviço (clique aqui para saber mais).
Neste sábado (1!º), chega-me a informação de que a presidenta Dilma Rousseff pode romper os contratos do pedágio com o consórcio Autopista Litoral Sul, que administra o trecho das BRs 376 e 101, na ligação entre Curitiba a Florianópolis. à‰ o que diz reportagem de Kátia Brembratti, no jornal Gazeta do Povo.
Segundo a jornalista, o Tribunal de Contas da União (TCU) analisou o contrato e o serviço prestado e concluiu que 15,4% do valor da tarifa praticada pela Autopista Litoral Sul são referentes a obras não realizadas.
No Paraná, o governador Beto Richa (PSDB) e a bancada amestrada de deputados estaduais na Assembleia Legislativa agem diferente. Eles passam a mão na cabeça das concessionárias de pedágio.
No começo de março deste ano, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) e o Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR), divulgaram relatório sugerindo que os usuários das rodovias paranaenses vêm sendo roubados com a anuência do poder público há 14 anos (clique aqui para relembrar).
De acordo com o estudo do Crea e do Senge, as rodovias do Anel de Integração se encontram em condições muito próximas das encontradas antes do processo de concessão!. Ou seja, os usuários foram enrolados nos últimos 14 anos. Nós, os trouxas, pagamos pedágio todos esses anos com a promessa de que as estradas receberiam melhorias. Cumprimos com a nossa parte no contrato, mas as empresas não cumpriram com a delas.
O presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, propõe a instalação de um “pedagiômetros” para auferir os ganhos da empresas pedagiadoras e o consequente retorno delas em obras. Segundo o líder industrial, é preciso “maior controle social” nas atividades essenciais e estratégicas à economia.
Não somos contra o pedágio, mas queremos transparência. Os constantes aumentos na tarifa, sem a contrapartida em obras, aumenta o ‘Custo Brasil’ e diminui muito a competitividade das empresas paranaenses!, critica o presidente da Fiep.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.