Quem assistiu aos telejornais e folheou os jornalões da velha mídia, neste final de semana, teve a nítida certeza de que a oposição capitaneada por esses veículos de comunicação está reduzida a um tomate. A falta de projeto político de Nação leva a esse sofrível debate, cujo preço alto do legume se tornou a principal bandeira anti-Dilma Rousseff; uma lástima, pois até mesmo o mais imbecil dos capadócios sabe que a produção de frutas, legumes e verduras, enfim, dos grãos, depende do fator clima e seu valor está sujeito à lei da oferta e da procura. Aliás, quem inventou esse sistema de cotação?
Depois de a TV Globo abrir espaço nobre ao debate acerca do preço do tomate, no programa Fantástico, ontem à noite, nesta segunda-feira (8) o jornal O Globo volta a insistir no tema apagão. Mais uma vez, amanheceu como O Corvo. E o mau agouro, agora, diz respeito a 2014.
Na primeira semana de janeiro, os jornais brasileiros abraçaram a ideia de que o País estaria prestes a viver um novo apagão. O mais explícito foi O Globo, da família Marinho, que colocou em sua manchete que as indústrias já estavam racionando energia (leia mais aqui). O apagão, como se sabe, não veio, mas o jornal manteve seu viés extremamente negativo em relação ao governo Dilma, o que fez com que passasse a ser chamado de “O Corvo”, e não mais “O Globo”, durante certo período, pelo 247 (leia mais aqui).
Segundo o jornal, os atrasos nas obras de infraestrutura fizeram dobrar o risco de apagão. Ou seja: o racionamento que não ocorreu neste ano agora está previsto para ocorrer em 2014, em plena Copa do Mundo.
No entanto, de acordo com os dados da reportagem, o risco de colapso do setor elétrico é menor do que a manchete faz supor. Segundo o Globo, a possibilidade de um racionamento subiu de 5% para 9%.
Com informações do Brasil 247.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.