Bruno Meirinho (PSOL), candidato a prefeito pela Frente de Esquerda, participou ontem de apresentação de propostas promovida pela Arquidiocese de Curitiba. O evento contou com a participação de sete dos oito candidatos a prefeito. A Cúria Metropolitana recebeu cerca de 150 pessoas, entre elas o arcebispo Dom Moacyr José Vitti. Bruno estava acompanhado da candidata a vice-prefeita, Sueli Fernandes.
Entre vários temas, Bruno Meirinho falou sobre políticas públicas para saúde, educação, moradia, juventude, acessibilidade e mulheres. Sobre a defesa da vida, lembrou a terrível desigualdade de Curitiba !“ considerada, pela ONU, a 17!ª cidade mais desigual do mundo !“ como um obstáculo objetivo ao direito à vida.
Bruno lembrou uma breve história. Quando fazia trabalho voluntário na Vila Torres, Bruno conheceu uma família de carrinheiros. Um dos filhos chorava sem parar. Perguntado por que, o pai respondeu que ele chorava porque estava em férias. A resposta era chocante, porque em geral as férias constituem uma época de alegria para as crianças. Para as crianças mais pobres, contudo, significa também que não poderão ter acesso à merenda e, assim, ficarão com fome.
Meirinho usou a história para ilustrar “a extrema negação do direito à vida numa cidade tão desigual quanto, infelizmente, é a nossa”. Em sua fala, Bruno destacou a relação entre o socialismo e o cristianismo, vistos como doutrinas de defesa intransigente do direito à vida, em favor de uma sociedade baseada no princípio do amor.
Citando o capítulo 13 da I Epístola de São Paulo aos Coríntios, Bruno observou que a técnica, por si, não responde a todos os problemas humanos. Pois, se tivermos apenas a técnica, seremos como aquele que fala a língua dos homens e dos anjos!, mas que não tem amor e, portanto, é como o metal que soa ou como o sino que tine!.