Vereadores de Londrina dizem que prefeito desviou dinheiro público; veja o vídeo

Do G1 PR com informações da RPCTV de Londrina

Um relatório elaborado por uma Comissão Especial de Inquérito da Câmara Municipal de Londrina, no norte do Paraná, aponta que dois vigilantes contratados pela prefeitura prestaram serviços na rádio que pertence a família do prefeito, Barbosa Neto (PDT). O documento, que possui 19 mil páginas, foi apresentado nesta quinta-feira (8) e é resultado de seis meses de investigação. Agora, os vereadores querem instalar uma Comissão Processante, que pode culminar na cassação do prefeito. O caso também é investigado pelo Ministério Público (MP).

De acordo com o relator, vereador Rony Alves (PTB), no holerite de alguns funcionários da Centronic (empresa de segurança que atua na cidade) aparecia como pagador o município de Londrina. O relatório deve ser encaminhado para votação na Câmara a partir de segunda-feira (12).

A suspeita foi rebatida por Barbosa Neto. Eu desafio qualquer pessoa a apresentar um holerite emitido pela prefeitura que tenha pago vigilantes que trabalharam na empresa Radio Brasil Sul contratados pela Centronic!, disse o prefeito. Segundo ele, havia uma permuta entre a Centronic e a rádio que viabilizava a contratação dos vigilantes para atuar na emissora.

O material também apontou a possibilidade de outras formas de desvio de dinheiro público. O contrato previa o emprego de vigilantes apenas para profissionais com cursos específicos, porte de arma e habilidades necessárias para garantir a segurança de prédios públicos. Mas, segundo a Comissão Especial, havia funcionários sem essas qualificações que recebiam salários como se fossem vigilantes.

Economia

Esta não é a primeira vez que se pretende instituir uma Comissão Processante na Câmara de Londrina. No início deste ano, os vereadores rejeitaram a proposta para investigar supostas irregularidades na Guarda Municipal. Outra Comissão, entretanto, foi aprovada. O prefeito deverá explicar para os parlamentares supostas irregularidades na saúde pública.

Deixe um comentário