Após de denúncia internacional do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba (SMC), a planta da Volvo em Curitiba (PR) irá suspender parte da produção e diminuir em 70% da produção de caminhões na unidade entre esta terça-feira (23/3) até o fim do mês.
A Volvo, no entanto, afirma que o motivo da interrupção é o alto nível de instabilidade na cadeia de abastecimento de peças no mundo e no Brasil, principalmente de semicondutores, e o agravamento da pandemia.
A montadora sueca, que tem 3,7 trabalhadores na capital paranaense, distribuiu nota assegurando continuará parcialmente funcionando.
“A medida tem impacto sobre a maioria dos empregados da produção de caminhões. No entanto, parte do efetivo seguirá em atividade, incluindo a produção de ônibus, parte da produção de caminhões, o serviço de atendimento emergencial a veículos Volvo, bem como a distribuição de peças para as concessionárias e distribuidores da marca. Cerca de 1.500 funcionários administrativos também continuam trabalhando em regime de home office, por tempo indeterminado.”
LEIA TAMBÉM
Marco Aurélio x Bolsonaro x Governadores
87% dos prefeitos do Paraná não confiam em Ratinho e Bolsonaro
Centrais sindicais convocam lockdown pela vida na quarta-feira (24)
Embora o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), tenha decretado “lockdown”, a Volvo foi considerada como “serviço essencial” pela Prefeitura –assim como os ônibus do transporte público.
Se a Volvo irá ficar a “meia porta”, a Volkswagen anunciou na semana passada a paralisação das operações no país a partir desta quarta-feira (24/3) em virtude da piora da pandemia. Além da ação do Sindicato dos Metalúrgicos, a montadora alemã também teme a repercussão das mortes por covid-19 no Brasil entre seu público consumidor na Europa e nos EUA.
A também sueca Scania também realizará uma parada programada de produção e a decisão foi tomada para reduzir o número de pessoas circulando durante o período de antecipação dos feriados no Grande ABC, além das dificuldades na estabilidade da cadeia de suprimentos.
A Scania afirma que desde o início da pandemia, em abril de 2020, adota “sistema de produção adaptado aos mais rigorosos protocolos de saúde e higiene sanitária”.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.