A Operação liderada pelo juiz Sérgio Moro calcula que já recuperou R$ 4 bi, mas, somente numa canetada, o Itaú deixou de pagar R$ 25 bi de impostos.
Por essa e por outras é lícito afirmar que enquanto o magistrado distrai o público, o país segue sendo dilapidado e vendido na bacia das almas.
Voltemos à escandalosa questão do Itaú.
Na semana que passou, em meio à histeria das delações da Odebrecht, “passou batido” aos olhos da mídia e da opinião pública a anistia concedida ao Itaú, pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), em Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) na fusão com o Unibanco.
Ou seja, essa escandalosa tungada no contribuinte significa umas seis Lava Jatos somente em um único negócio. (Note o caro leitor que a distração funciona muito bem, enquanto os gângsteres retiram direitos, desempregam, quebram a indústria, elevam os juros e saqueiam a economia nacional).
Nunca é demais recordar que um dos conselheiros do Carf foi preso em 2016 justamente por cobrar propina para votar favoravelmente ao banco Itaú.
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) jura que pretende recorrer da decisão.
Os números recuperados pela Lava Jato foram declinados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em uma reunião ministerial na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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