Ratinho Junior perde o 1º round para Roberto Requião na largada para 2022

Primeiro, os aliados do governador Ratinho Junior (PSD) lutaram e conseguiram tirar a legenda [MDB] de Roberto Requião; depois foram de facas nos dentes para impedir o ex-senador e ex-governador de ingressar no PSB; ainda realizaram blitzkrieg para demovê-lo da disputa pelo Palácio Iguaçu, em troca de uma suposta vaga ao Senado. Nesse conjunto de fatos, avaliam os analistas a estibordo e bombordo, Requião venceu o 1º round na largada para 2022.

Sem o MDB, Requião ampliou sua sustentação numa federação partidária que poderá reunir PT, PSB, PCdoB, PV, Rede, PSOL, dentre outras legendas, que apoiarão o ex-presidente Lula na corrida pelo Palácio do Planalto. Nessa conformação, Lula e Requião farão uma “dobradinha” antibolsonarita, democrática e progressista no Paraná.

Se perdeu o PSB no varejo, Requião poderá obter o apoio dos socialistas no atacado devido à força gravitacional da federação partidária. Quando se forma uma associação, de caráter nacional, as agremiações nos estados não podem fazer outro tipo jogo sob pena de punição. Ou seja, se se federar com o PT e Lula, o PSB necessariamente precisará se juntar com PT e Requião no Paraná.

A derrota de Ratinho Junior no 1º round se completou com a falha na tática de demover Requião do confronto pelo Palácio Iguaçu, considerado pelos próprios palacianos “um tiro que saiu pela culatra”. O ex-senador e ex-governador se motivou ainda mais com a disputa depois que lhe propuseram desistência em troca de uma suposta vaga ao Senado.

Como efeito prático desse primeiro round, segundo aliados do governador, o PSD poderá acolher ao menos quatro parlamentares estaduais socialistas –Artagão de Mattos Leão, Alexandre Curi, Tiago Amaral e Jonas Guimarães– para formar uma “chapão” para a Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), enquanto os dois deputados federais do PSB –Aliel Machado e Luciano Ducci– fizeram as contas e sinalizam concordar com a federação partidária. Já o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSB), primeiro secretário da ALEP, estaria “tentado” à concorrer como “candidato de Lula e Requião” ao Senado.

Com o quadro político mais ou menos nítido Requião foi ao Twitter anunciar sua decisão fatal:

Economia

“Para corrigir os erros absurdos do atual governo, as tarifas elevadas de água e energia elétrica, os impostos que prejudicam nossas empresas e impedem a geração de empregos, lanço minha pré-candidatura ao governo do estado do Paraná”, escreveu o ex-governador, que pretende seu quarto mandato este ano.

O deputado estadual Arilson Chiorato, presidente do PT no Paraná, comemorou a decisão de Requião. No Twitter, o dirigente petista disse que o povo paranaense ganha com o anúncio do ex-governador. “Tem meu voto, apoio, empenho e contribuição. O Paraná dos paranaenses, a esperança renasce”, disse.

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