O governador Ratinho Junior (PSD), do Paraná, diminuiu a quantidade aulas de filosofia, sociologia e arte nas escolas da rede pública do estado.
“As disciplinas de filosofia, sociologia e arte são de grande importância para a formação do pensamento crítico. São disciplinas que não interessam aos políticos, aos poderosos, à burguesia e àqueles que apostam na alienação, na manipulação e na militarização como forma de controle da formação dos adolescentes e jovens nas escolas públicas”, diz um abaixo-assinado dos professores dessas três matérias.
O governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Educação (SEED), impôs no currículo a disciplina de educação financeira, uma disciplina totalmente desconectada da realidade dos estudantes das escolas públicas paranaenses, oriundos da classe trabalhadora, que tem todo o direito de ter acesso ao conhecimento científico, filosófico, sociólogo e artístico.
Esses dois eventos neste fim de ano — fim das disciplinas que fazem pensar e o fim da democracia nas escolas— levaram educadores a fazer abaixo-assinados. Mais de 15 mil pessoas já subscreveram o manifesto contra a diminuição da carga horária para filosofia, sociologia e arte na educação básica. Você também pode assinar o documento clicando aqui.
O governador Ratinho Junior tem aproveitado da falta de oposição, na Assembleia Legislativa e nos movimentos populares, e da popularidade alta, para “passar a boiada” neoliberal, contra os interesses da sociedade paranaense. Não há reação, por enquanto, mas o cenário do mandatário estadual pode se complicar adiante. Vide o caso Beto Richa.
Moral da história: aqui se faz, aqui se paga.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.