MPF pede “Lula Livre” em ação sobre ‘quadrilhão do PT’

A procuradora Márcia Brandão Zollinger, do Ministério Público Federal (MPF) do Distrito Federal, pediu “Lula Livre” em uma ação sobre ‘quadrilhão do PT.

A integrante do MPF afirmou que não se verificam na denúncia “os elementos configuradores da dita organização criminosa”, qual seja, a ação formulada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) era inépcia.

A denúncia foi apresentada pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, pouco antes de deixar o cargo, em setembro de 2017, e atingia os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rousseff; os ex-ministros Antônio Palocci Filho e Guido Mantega; e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

“Não se observa a consolidação de um grupo, estável e estruturado, voltado para a prática delitiva, com repartição de tarefas e metodologia estruturada”, escreveu a procuradora, ao pedir a absolvição sumária dos cinco denunciados.

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O pedido do MPF, pelo arquivamento da denúncia contra petistas e o ex-ministro Palocci, terá de ser analisado pelo juiz Vallisney Souza, da 10ª Vara Federal em Brasília.

“Embora não se negue a ocorrência de crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro, não há nenhuma indicação de união de desígnios em constituir e participar de uma organização criminosa cuja finalidade consistiria em obter vantagem (ilícitas) mediante a prática de crimes”, desqualificou a procuradora do MPF.

Devido à ação política de Janot e do MPF, Lula, Dilma, Palocci, Mantega e Vaccari respondem na Justiça Federal de Brasília por organização criminosa e por suspeita de terem formado um grupo para desviar dinheiro público da Petrobras e de outras estatais.

O ex-PGR jurou na denúncia que a cúpula do PT recebeu R$ 1,48 bilhão de propina em dinheiro desviado dos cofres públicos.