Moro é o candidato da lava jato em 2018

Esta semana houve uma incrível reviravolta no âmbito da lava jato, que se expressa em básicos três pontos: 1– lançamento do manifesto político dos procuradores propondo uma “batalha final” em 2018; 2– depoimento de Tacla Duran na CPI da JBS; e 3– o pedido “antecipado” da mulher do juiz Sérgio Moro para que o distinto público ‘vote consciente’ para mudar ‘muito mais’ que a lava jato.

É segredo de polichinelo que os procuradores da força-tarefa querem disputar cargos eletivos. Dentre os que foram picados pela mosca azul estão Deltan Dallagnol e Carlos Fernando dos Santos Lima. Ambos não escondem simpatia pelo Podemos do senador paranaense Alvaro Dias, que pode concorrer ao governo do Paraná. O primeiro dos procuradores é lembrado para o Senado e o segundo para a Câmara.

No entanto, a “cereja do bolo” nas eleições de 2018 seria o marido da advogada Rosangela Wolff Moro, qual seja, o juiz federal Sérgio Moro. A Globo já fizera um ‘test drive’ com o magistrado da “Panela de Curitiba” entrevistando-o em outubro passado. Naquela oportunidade, o chefe da lava jato jurou de pés juntos que não disputaria a Presidência da República, mas, por outro lado, disse que não pediria para que tirassem seu nome das pesquisas eleitorais.

Aquela entrevista na Globo, que a meu ver foi um pré-lançamento eleitoral, também foi o start para os procuradores da lava jato divulgarem o manifesto político desta semana no qual eles propunham uma “batalha final” em 2018. Nas palavras de Dallagnol: “É importante que sejam eleitos candidatos com o passado limpo e identificados com a agenda anticorrupção”. Ora bolas, carambolas! Evidentemente que eles falam deles mesmos, se autoelogiam.

No imaginário da emissora dos Marinho os candidatos ‘identificados pela agenda anticorrupção’ são Moro, Dallagnol e Carlos Lima – os três que foram sustentando por um gigantesco marketing político durante quase quatro anos de lava jato.

A narrativa da lava jato será mais ou menos assim: como não conseguiu prender Lula pela via legal, então, partir-se-á para eliminá-lo da vida pública pelas urnas; nada mais “normal” e “justo” que os integrantes da força-tarefa o façam disputando as democráticas eleições.

Economia

Tenha em mente o caríssimo leitor os encarecidos pedidos de Dallagnol, para a batalha final de 2018, e da primeira-dama da lava jato antecipando que o leitor vote consciente ‘vote consciente’ para mudar ‘muito mais’ que a lava jato.

Que fique claro que não há nada de errado com o fato de integrantes da lava jato disputarem as eleições de 2018, mas, antes disso, que façam um registro no TSE. Afinal de contas, a lei não é para todos?

Quanto ao depoimento de Tacla Duran na CPI da JBS, nesta quinta (30), a história ainda está se desenrolando… Vai dar chabu.

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