Pode ser tácito, mas é real.
O ex-juiz Sergio Moro, agora no União Brasil, foi mandado para o banco de reservas a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Bolsonaro entendeu que seu ex-ministro da Justiça mais lhe atrapalhava do que ajudava na busca da reeleição.
PT, PCdoB e PV registram a ‘Federação Brasil da Esperança’ para eleger Lula presidente do Brasil
A desistência de Moro provocou uma “transfusão” de eleitores para Bolsonaro, no entanto, Ciro Gomes (PDT) também foi beneficiado pela menor parte.
Como a disputa presidencial de outubro caminha para ser resolvida no photochart, os bruxos e alquimistas do Palácio do Planalto dizem que o ex-juiz poderá ser reabilitado na corrida. Ou seja, Moro pode voltar à peleja eleitoral.
Sergio Moro poderia garantir a realização de segundo turno, calculam os luas-pretas palacianos.
No entanto, a princípio, a conversa é que Moro se viabilizaria no União se ultrapassar os dois dígitos até junho – coisa de 12 pontos.
Bolsonaro prevê salário mínimo de R$ 1.294 enquanto Dieese vê necessidade de R$ 7 mil
Também é corrente nos bastidores da política que o recuo de Sergio Moro foi para poupá-lo da pancadaria.
Ao dizer que ele não seria candidato a presidente da República, o ex-juiz da Lava Jato saiu momentaneamente da linha de tiro.
Não é à toa que Moro telefonou para institutos de pesquisa pedindo a manutenção de seu nome nas sondagens.
Será que ele volta?
Moral da história: Moro continua comendo na mão de Bolsonaro.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.