Primeiramente, um esclarecimento: a terceira via nunca passou de devaneios da velha mídia corporativa, em especial da Globo, da Folha e do Estadão, cujo discurso uníssono é macaqueado pelos demais jornalões e portais alinhados ao status quo.
Dito isso, o ex-presidente Michel Temer (MDB) foi ressuscitado pela Folha na condição de “coach” ao arrancar do “Vampirão Neoliberalista” a declaração de que ele tem “convicção de que a terceira via é a única solução para se combater a divisão e a intolerância” no Brasil.
Aliás, na crise do 7 de setembro do ano passado, Temer também forneceu o serviço de coaching a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL) que então se sentia acoelhado pelo Supremo Tribunal Federal – leia-se pelo ministro Alexandre de Moraes.
Avesso às pesquisas de intenção de votos, Temer disse que a correligionária senadora Simone Tebet (MDB-MS) é a melhor opção para a terceira via.
De acordo com o levantamento da FSB/BTG Pactual, divulgado na segunda-feira (25/04), Tebet tem apenas 1% dentro da margem de erro de dois pontos.
A velha mídia vê seu projeto de terceira via virar água, na vida real.
Na noite de segunda, um jantar do grupo foi cancelado porque houve desentendimento. Ciumeira. Alguns remanescentes acusaram de “protagonismo forçado” do ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que luta para sair dos 3%.
O diabo é que os entusiastas inicias da 3ª via estão jogando a toalha, um após o outro, de maneira tácita ou explícita. Vide o caso de Sergio Moro (União), seguido do ex-governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) e do próprio ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), que também poderá “afrouxar a tanga” até junho próximo.