Maia trata parlamentares como gado na Câmara

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-PR), dentre “outras” medidas, espera comportamento bovino dos parlamentares na Câmara para aprovar a reforma da previdência.

Maia trata os deputados federais como gado de sua propriedade ao proibir que esses cidadãos, eleitos pelo popular, viagem para seus respectivos estados após o feriado de Corpus Christi, em 20 de junho.

Ao confinar o rebanho em Brasília, segundo o presidente da Câmara, seria a conditio sine qua non para garantir quórum e aprovar o fim da aposentadoria.

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Para aprovar a diabólica PEC, que ferra os trabalhadores, o governo Jair Bolsonaro (PSL) precisa de 308 votos em dois turnos. Hoje, de acordo com o mais otimista bolsonaristas, o Palácio do Planalto não tem nem 200 dos 513 votos possíveis.

Embora sejam tratados como gados por Rodrigo Maia –onde eles são contados por cabeça–, os deputados sabem que se votarem na reforma da previdência irão para o sacrifício, isto é, não se elegem mais nem para síndico de prédio.

Economia

O exemplo da reforma trabalhista foi bastante pedagógica para o Congresso Nacional. Aqueles que votaram para tirar direitos e ferrar os trabalhadores, precarizando a mão de obra e diminuindo os salários, não voltaram ao parlamento.

Nos bastidores da política, no Distrito Federal, Maia já é chamado por oposicionistas e situacionistas como “O Rei do Gado”.