A retirada do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) da aba do ministro Sérgio Moro (Justiça) teve o dedo ontem (9) do próprio governo Jair Bolsonaro (PSL).
O relatório de votação na comissão especial não deixou margem à dúvida alguma sobre esse fato: foram 14 votos a favor da mudança e 11 contra.
Ainda segundo o mesmo relatório, votaram pela retirada do Coaf da pasta de Moro representantes de PP, PR, PSD, DEM, MDB, PSDB, PT, PDT e PSB.
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Dos 14 votos contrários ao Coaf com Moro, 9 vieram de partidos da base aliada do governo.
O ex-juiz Sérgio Moro não é confiável para o governo Bolsonaro, Congresso Nacional, meio empresarial e o sistema financeiro, aliás, sem ajuda dos bancos seria quase impossível casos de corrupção no Brasil.
A entrada de Moro para a Justiça foi condicionada com a ida do Coaf para a pasta, mas o ministro jura que fica no cargo mesmo desidratado.
Em Brasília, após a derrota no Congresso, os bastidores apontam possível pedido de demissão do ministro Sérgio Moro.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.