Faltam dois dias para as eleições mais censuradas da história

Nunca na história deste país uma eleição foi tão censurada como esta de domingo (15). Pior: a censura foi institucionalizada com o apoio do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob a argumentação de combate às fake news.

Os debates foram suprimidos pela principais redes de televisão, que são concessões públicas, dificultando a opção de escolha dos cidadãos.

Os poucos debates realizados pelas TVs pecaram pelo horário, pois ocorreram às 22 horas e dificultaram a audiência entre os trabalhadores. A Band TV, no início da campanha, e a TV Cultura de São Paulo foram as exceções.

Cerca de 147 milhões de eleitores de 5.570 municípios brasileiros irão às urnas daqui a dois dias no escuro. Sem o democrático confronto de ideias a disputa pelas prefeituras e câmaras de vereadores ainda passa despercebida por muita gente.

Como reflexo dessa censura institucionalizada, as eleições deste domingo poderão ter um recorde de abstenções. Em 2018, a título de comparação, numa média nacional, 30% dos eleitores deixaram de votar.

Também contribuem para essa censura as aplicações de internet. Facebook, Twitter, Instagram, Youtube, dentre outras, limitam o alcance das publicações porque fizeram disso um rentável negócio. O candidato só consegue visibilidade se pagar por isso. É o mundo cão.

Economia

O triste nisso tudo é que o TSE fez parte dessa censura. O tribunal se aliou aos principais disseminadores de notícias falsas, os jornalões, para supostamente combater as fake news. Um horror!

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