Ex-ministro José Dirceu foi alvo de plano de assassinato militar, diz PF

O ex-ministro José Dirceu (PT) foi alvo de um plano de assassinato planejado por militares no final do governo Jair Bolsonaro (PL), segundo investigações reveladas pela Polícia Federal. Sob o codinome “Juca”, Dirceu foi identificado como um dos alvos principais na chamada operação “Punhal Verde Amarelo”, liderada pelo general Mário Fernandes. O plano previa a eliminação de lideranças consideradas estratégicas para o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O plano “Punhal Verde Amarelo” surgiu como parte de uma trama golpista que visava neutralizar lideranças políticas antes da posse de Lula. Documentos revelados pela Polícia Federal e depoimentos de militares envolvidos detalham a operação, que incluía o assassinato de quatro alvos, identificados por codinomes: Jeca, Joca, Juca e um quarto alvo não identificado.

O ex-presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) era identificado como “Jeca”, enquanto o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin era o “Joca”. José Dirceu foi mencionado como “Juca”, reforçando sua posição como uma figura de influência estratégica nas gestões petistas.

José Dirceu, ex-ministro e estrategista do PT, foi considerado uma ameaça ao grupo militar liderado por Mário Fernandes, que via sua presença como um fator de fortalecimento para o governo Lula. O plano incluía métodos de eliminação violenta, com o objetivo de desarticular o que os conspiradores chamavam de “esquerda radical”.

Entre os métodos cogitados para neutralizar os alvos, estava o envenenamento de Lula e o assassinato direto de Dirceu. O plano descrevia a morte dos alvos como uma forma de gerar instabilidade política e abrir caminho para uma intervenção militar.

José Dirceu, procurado pela imprensa, preferiu não comentar o caso. Embora afastado das discussões diretas do governo, o ex-ministro continua sendo uma figura influente no Partido dos Trabalhadores, o que reforçou sua inclusão como alvo no plano golpista.

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Dirceu é pré-candidato à Câmara Federal nas eleições de 2026.

A Polícia Federal segue investigando o envolvimento de outros militares e a possível cumplicidade de autoridades do governo Bolsonaro. O Supremo Tribunal Federal (STF) já aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Mário Fernandes e outros envolvidos, transformando-os em réus.

A revelação de que José Dirceu foi alvo de um plano de assassinato militar reforça o cenário sombrio que cercou o fim do governo Bolsonaro e o início do terceiro mandato de Lula. Em meio a tramas golpistas e conspirações militares, o Brasil ainda enfrenta as consequências desse período turbulento.

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