Eduardo Leite é ‘gay’ ou ‘homossexual’? Que diferença faz na política?

  • Jean Wyllys, Roberto Requião e Rafael Greca dizem que não se governa com a bunda, se governa com a cabeça

Não se fala em outra coisa na política brasileira: o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), “saiu do armário” e assumiu ser gay.

“Não sou um gay governador, mas um governador gay”, afirmou o tucano gaúcho em entrevista para Pedro Bial, na Globo.

“Sou um governador gay, e não um gay governador, tanto quanto Obama nos Estados Unidos não foi um negro presidente, foi um presidente negro. E tenho orgulho disso”, declarou Leite no programa Conversa com Bial.

O ex-deputado federal Jean Wyllys (PT), minimizou a importância do governador gaúcho ter assumido a homossexualidade.

“Enquanto o gay recém-saído do armário não expressar por ATOS e novas palavras que se arrepende de ter apoiado alegre e explicitamente um homofóbico racista que se revelou genocida, sua saída do armário não será, para mim, fonte de alegria acrítica. Não adianta”, tuitou Wyllys, também homossexual assumido.

A polêmica foi parar no Zap da tia e da vó, em todo o País. A pergunta que se faz nas redes sociais é se Eduardo Leite é gay ou homossexual, por pura ignorância ou por má-fé cínica.

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A melhor resposta quem deu para isso é do prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), ao ser provocado numa entrevista durante as eleições de 2016.

‘Não vou governar com a bunda. Vou governar com a cabeça’, disse Greca.

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Ou seja, se Eduardo Leite é ‘gay’ ou ‘homossexual’ não faz diferença alguma na política. O que importa é o que ele pensa sobre o genocídio em curso, o desemprego, a volta da fome e da miséria no governo do presidente Jair Bolsonaro.

Qual a opinião de Leite sobre as privatizações da água e da energia, a venda da Eletrobras, a liquidação do patrimônio público, do referendo revogatório sobre as reformas trabalhista e previdenciária? O que pensa o governador do Rio Grande do Sul sobre o distanciamento social, as vacinas, o auxílio emergencial, enfim, o Estado de Bem-Estar Social?

Para o ex-senador Roberto Requião (MDB-PR), é primitivo e atrasado o preconceito contra o governador gay do Rio Grande do Sul. “Afinal ele governa com a cabeça. O problema real é que ele não tem nada dentro da cabeça.”

Portanto, Jean Wyllys, Roberto Requião e Rafael Greca dizem que não se governa com a bunda, se governa com a cabeça.

Em tempo: o governador gaúcho, Eduardo Leite, é pré-candidato a presidente da República; no entanto, ele tem uma disputa dura no PSDB com o governador de São Paulo, João Doria, pelo direito de concorrer em 2022.

Abaixo, veja a resposta de Greca para esta questão de Leite [vídeo]