É falso que os grandes veículos de mídia perseguem Bolsonaro por ele ter cortado suas verbas publicitárias

Perguntam ao Blog do Esmael, de forma recorrente, se é verdade que os grandes veículos de mídia perseguem o presidente Jair Bolsonaro por ele ter cortado suas verbas publicitárias. Falso. E eu vou explicar por quê.

O presidente Jair Bolsonaro e a velha mídia corporativa têm o mesmo “senhor”, isto é, eles são servos dos bancos e fundos de investimentos. O ministro Paulo Guedes, representantes dos banqueiros no governo, é quem afiança isso tudo.

Embora haja um chororó de alguns veículos, o governo empenhou R$ 414 milhões para este ano, sem levar em consideração a administração indireta (Banco do Brasil, Caixa, Petrobras, IBGE, Banco Central, Furnas, etc.

Veja os gastos de publicidade entre janeiro e junho de 2021:

Record —————–> R$ 8,3 milhões
SBT ——————–> R$ 8,3 milhões
Globo ——————> R$ 6,2 milhões
Bandeirantes ———–> R$ 4,4 milhões
Rede TV! —————> R$ 1,8 milhão

Fonte: SECOM/Presidência da República

Há muito tempo, os veículos de comunicação brasileiros deixaram de fazer jornalismo e hoje em dia eles especulam com as notícias.

Economia

Os jornalões funcionam na atualidade como instituições financeiras. Vide o caso da Folha de S.Paulo. A empresa ganha dinheiro com a maquinha, o PagBank, PagSeguro, dentre outros serviços bancários, enquanto decresce o número de assinantes pagos e o “jornalismo” –para não dizer que funciona no vermelho– não é rentável.

A revista Veja, da Abril, foi adquirida pelo banco BTG Pactual e a Globo também entrou no mundo dos pagamentos online e veículos de imprensa têm aportes de fundos de investimentos, cujos interesses são divergentes da sociedade e da função social do jornalismo.

O quadro atual é de confusão. As empresas de comunicação precisam resolver se querem fazer jornalismo ou especulação financeira. E isso se resolverá somente com a regulação da mídia, que disciplinará a propriedade cruzada.

Portanto, reforçando a resposta: é a falso que os grandes veículos de mídia precisem do dinheiro do governo federal. Os jornalões têm dinheiro de sobra e jornalismo de menos. Basta ver os cortes de profissionais de imprensa nas redações, que estão cada vez mais com cara de agência bancária.

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