Duas mil prostitutas de Belo Horizonte assumiram a vanguarda das manifestações paralisando suas atividades nesta semana. Elas deflagraram greve pela vacina. Com hotéis da zona boêmia da capital fechados, e tendo que se arriscar nas ruas para trabalhar, elas querem ser incluídas no grupo prioritário para vacinação contra a Covid-19.
Nossa profissão é de risco. Muitas estão afastadas com medo”, disse a presidente da Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig), Cida Vieira.
Segundo Cida, a vacina é fundamental para que elas possam voltar ao trabalho com segurança.
LEIA TAMBÉM
- Bolsonaro furou a fila da vacina?
- Notícias ao vivo da Covid: morreu Agnaldo Timóteo aos 84 anos
- A Folha de S. Paulo quer premiar a canalhice do governo Jair Bolsonaro
“Muitas de nós estão sem ajuda e nenhum benefício. A sociedade hipócrita precisa dos nossos serviços, mas nos repele. Muito preconceito e estigma. O que aumentou com a pandemia”, disse ela.
Com a onda roxa, que entrou em vigor no dia 17 de março, os hotéis da região da Rua Guaicurus, no centro de Belo Horizonte, foram fechados, deixando mais de três mil mulheres cis e trans sem trabalho.
Muitas tinham conseguido o auxílio emergencial de R$ 600 no ano passado. Agora, elas tentam receber o novo benefício, menos da metade do disponibilizado no ano passado.
Com informações do G1
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.