Deu chabu na eleição da Fiep e Justiça suspende disputa

A eleição da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) foi parar na Justiça e a juíza substituta Fabiana Meyenberg Vieira, da 10ª Vara do Trabalho de Curitiba, concedeu liminar ao candidato da oposição José Eugênio Gizzi.

A diferença de votos entre a chapa vitoriosa e a derrotada foi de apenas 2 votos (49 X 47) e por isso Gizzi interpôs um recurso, mas, segundo a tese acatada pelo judiciário, a situação liderada por Carlos Walter Pedro descumpriu o estatuto da entidade ao homologar somente a sua eleição. Ou seja, o atual presidente da entidade Edson Campagnolo aprovou a chapa que ele apoia e desconsiderou o recurso da adversária.

“Defere-se em parte a tutela provisória para determinar que a FIEP imediatamente promova a convocação da assembleia geral extraordinária cuja pauta já fora disponibilizada em 04.09.2019 no Diário Oficial do Estado, Edição no 10514, notadamente para o julgamento do recurso, interposto pelo Requerente, pelo Conselho de Representantes da entidade, no prazo de 48 horas, sob pena de multa por descumprimento no importe de R$10.000,00 (dez mil reais) por dia, bem como determinar a imediata suspensão da posse até a realização da referida assembleia”, decidiu a magistrada.

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A chapa oposicionista perdeu a eleição por dois votos, mas impugnou quatro cédulas marcadas nas urnas favoráveis à situação. O estatuto da Fiep veda a identificação dos votos.

Na prática, a Fiep terá de realizar uma nova assembleia geral extraordinária para julgar o recurso da oposição no prazo de 48 horas após a notificação.

O Blog do Esmael conversou com Gizzi sobre o imbróglio na eleição ocorrida no último dia 14 de agosto. Segundo ele, desde o surgimento da Fiep, há 70 anos, jamais uma chapa de oposição conseguiu vencer a situação. “Nós estamos mudando isso”, comemorou o empresário do setor da construção civil.

Clique aqui para ler a íntegra da decisão liminar.