“Volte para nos ajudar, Weintraub”, implorou um bolsonarista pelas redes sociais enquanto dos Estados Unidos, para onde fugiu, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub critica o judiciário –sobretudo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito das milícias digitais.
“Antes da Internet, não era necessário nos calar. Tinham a hegemonia da globo e da folha. Agora, é fundamental nos manterem amordaçados, para salvarem esse regime totalitário que chamam de “Estado Democrático de Direito””, escreveu em seu Twitter.
Ingrato, Abraham Weintraub chora de barriga cheia. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acabou de julgar improcedente os crimes cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro na campanha de 2018, apesar, pasme, de os ministros da corte reconheceram que o mandatário abusou de poder econômico e usou indevidamente meio de comunicação social com disparos de fake news.
Para Weintraub, mesmo a decisão do TSE dizendo outra coisa, “o Brasil já vive um regime de exceção” [comandado pelos tribunais judiciais].
O ex-ministro da Educação, que fugiu para não ser alcançado pelo Xandão, acredita que ditadura válida só existe uma: a de Jair Bolsonaro e seus asseclas.
A valentia de Weintraub contra o judiciário brasileiro é à distância e via internet.
Volta, Weintraub, volta. Volta para ajudar seus correligionários e seu chefe. Volta.
Em tempo: o vídeo postado por Weintraub é de 14 de junho de 2020, quando ele ainda era titular do MEC.
Antes da Internet, não era necessário nos calar. Tinham a hegemonia da globo e da folha. Agora, é fundamental nos manterem amordaçados, para salvarem esse regime totalitário que chamam de "Estado Democrático de Direito".
O Brasil já vive um regime de exceção! pic.twitter.com/Rc7d6LEIZY— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) October 29, 2021
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.