Ciro xinga Haddad: ‘puxa-saco’, ‘poste’, ‘abraçador de bandido’ e ‘bajulador’

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) fez a opção pela baixaria ao xingar o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), que, em entrevista ao jornal Pedro Bial, na Globo, disse que o plano do PT era para o pedetista ser o vice de Lula em 2018 e, se o ex-presidente fosse impedido, Ciro assumiria a cabeça de chapa e Haddad seria o vice.

“A oferta real foi que o Ciro deveria ser vice do Lula, que não queria abrir mão da candidatura antes das Nações Unidas se manifestarem sobre a situação dele. Em caso do impedimento do Lula, o Ciro assumiria a cabeça de chapa, e eu entraria para compor como vice, como candidato a vice”, revelou Haddad no programa Conversa com Bial.

Ciro acredita que o derretimento político e eleitoral do presidente Jair Bolsonaro o favorecerá na eleição de 2022, por isso ele embarcou na tese da “terceira via”, que ainda não passa de um fetiche da velha mídia corporativa e dos mais ricos arrependidos.

Ciro ficou ensandecido por ser citado e xingou Haddad de “puxa-saco”, “poste” e afirmou que ele segue “abraçando bandidos”.

“Aos puxa-sacos eu entendo, só não os respeito. Tudo que Haddad tem na vida política deve a Lula. Já eu, a ele não devo nada. Por isso sou livre para criticá-lo. Haddad, não! Tem que ser seu bajulador eterno, sempre da turma do amém. Haddad aceitou ser poste. Eu jamais aceitaria. Sua subserviência, incompetência e falta de amor ao país, deu a presidência do Brasil ao Bolsonaro”, atacou Ciro Gomes.

O diabo é que o ex-senador e ex-governador do Paraná, Roberto Requião (sem partido), confirmou a versão de Haddad. Segundo Requião, o pedetista sequer atendia telefonemas dos petistas nas vésperas da eleição de 2018.

Economia

“Afirmação de Haddad na entrevista com Bial de que Ciro foi convidado para ser vice do Lula, e cabeça de chapa se o Lula fosse impedido, verdadeira, e de fato ocorreu”, testemunhou Requião, que, na época, fazia a “ponte” entre o PT e Ciro.

Requião disse que ainda tem esperança de uma aliança programática para um governo transitório que restabeleça a soberania os direitos do trabalhador e a democracia no Brasil. “Lula e Ciro”, presidente e vice, respectivamente, sugere o pré-candidato ao governo do Paraná.

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