Arthur Lira tenta passar um “sabão” no impeachment de Bolsonaro

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tenta ensaboar a CPI da Pandemia ao esquivar da sua responsabilidade de abrir um dos 130 pedidos de impeachment protocolados na Casa.

A responder o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão de investigação, que quer impor um prazo para Lira definir o impeachment, Arthur Lira passou um “sabão” no parlamentar conterrâneo:

“Sugestão todo parlamentar pode fazer, projetos todos os parlamentares podem fazer. Eu não ousaria querer alterar, daqui [da Câmara], o regimento de o presidente do Senado alterar o rito de impeachment de ministro do Supremo. Tanto o rito do presidente da Câmara quanto do presidente do Senado são de instituições que representam o Poder autônomo, representativo”.

Ensaboado, o presidente da Câmara ainda disse que “foge do escopo do relatório da CPI tratar de um assunto que é constitucional”, qual seja, deflagrar o impeachment do presidente da República.

Nesta quarta-feira (15/09), Renan Calheiros disse que relatório final da CPI deve propor prazo para que presidente da Câmara analise pedidos de abertura de processos de impeachment.

Se Bolsonaro for impichado, o vice general Mourão (PRTB) assume o cargo. É por isso a resistência de Lira, que seguraria a cabrita para o militar mamar.

Economia

Para o presidente da Câmara, o mais interessante seria o TSE cassar a chapa Bolsonaro-Mourão. Nesse cenário, assumiria Arthur Lira o Palácio do Planalto até a pronúncia do Congresso Nacional.

Se a vacância dos cargos de presidente e vice [cassação] ocorrer durante os dois últimos anos do período presidencial, a eleição deve ser indireta, prevê a Constituição Federal.

Note o caro leitor que Jair Bolsonaro já é considerado carta de baralho no jogo de 2022.

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