Amigo de Sérgio Moro defende lei contra abuso de autoridade

Ministro Sérgio Moro, cantor Fagner, Rosângela Moro e o empresário arrependido Fábio Aguayo. Foto: divulgação.

O empresário Fábio Aguayo, dileto amigo do ministro Sérgio Moro, escreveu artigo em defesa da lei contra o abuso de autoridade no Paraná. Aguayo é presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (ABRABAR).

Nunca é demais lembrar que o ex-juiz da Lava Jato lutou para que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) vetasse 36 dispositivos na lei e, agora, o Congresso se prepara para derrubar esses vetos que favorecem o abuso de autoridade –dos quais são vítimas Aguayo e seus associados na ABRABAR.

“A princípio, vamos com que sobrou da lei, mas confiamos no Congresso Nacional e na derrubada dos vetos que vão ampliar os meios de cobrar na Justiça os efeitos maléficos que muitos de nossos associados e membros da categoria são submetidos, especialmente os que são vítimas de abusos e coações nas fiscalizações de operações”, diz um trecho do texto.

Aguayo é uma espécie de cara-metade do ex-juiz no Paraná. É quem articula para Moro a melhor mesa em bares, restaurantes e shows em Curitiba.

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A seguir, leia a íntegra do artigo:

Abuso de autoridade: Não podemos nos calar

Fábio Aguayo*

A ABRABAR prepara as primeiras ações da Lei de Abuso de Autoridade no Paraná e no Brasil. Estamos estudando os tipos de abordagem, autuações e atuações de fiscais de prefeituras, policiais militares e promotores do Ministério Público, que colocam em risco a imagem do empreendimento e principalmente, as barbaridades que são praticadas contra clientes e empresários.

Em reunião com o corpo Jurídico da entidade, foram analisadas denúncias da categoria, sobre as últimas operações em todo o Paraná e no Brasil. É hora de buscar nossos direitos ante as arbitrariedades.

A princípio, vamos com que sobrou da lei, mas confiamos no Congresso Nacional e na derrubada dos vetos que vão ampliar os meios de cobrar na Justiça os efeitos maléficos que muitos de nossos associados e membros da categoria são submetidos, especialmente os que são vítimas de abusos e coações nas fiscalizações de operações.

Algumas das operações servem para agradar vizinhos com tráfego de influência e determinadas pessoas que usam a força do município e estado para constranger. Em alguns casos, apenas para obter vantagens nada republicanas de enfraquecimento do negócio, como a constante asfixia provocada pela pressão.

Não podemos nos calar!

*Fábio Aguayo é presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (ABRABAR).