O esforço do governo Jair Bolsonaro é para culpar São Pedro pela falta de água e energia, bem como amenizar o impacto das 514 mil vidas perdidas na pandemia.
Bolsonaro faz um governo genocida e do apagão. Deixou de comprar vacinas e deixou de investir em infraestrutura. Prevaricou. Ele é o Prevaricador da República, não o Presidente da República –como muitos imaginavam.
O Palácio do Planalto já obriga o país a um racionamento de energia ‘implícito’ quando pede para que os brasileiros deixem de tomar banho quente.
Bento Albuquerque, ministro das Minas e Energia, disse nesta segunda-feira (28/6) em pronunciamento na TV que o país passa por um momento de crise hídrica e pediu uso “consciente e responsável” de água e energia por parte da população.
O que ele esconde é que o Brasil desinvestiu e privatizou companhias de água e energia, por isso o agravamento do apagão e as torneiras secas.
Leia também
- CPI ouve depoimento de CPI nesta terça sobre caos na saúde do Amazonas
- Rosa Weber vê ‘negociações pouco transparentes’ na compra da vacina Covaxin
- Gleisi Hoffmann: ‘Caiu hoje no STF mais uma farsa da Lava Jato contra Lula’
Na época de FHC, em 2001, a redução do consumo de energia paralisou a atividade econômica e prejudicou saída da crise cambial. Agora, sob Bolsonaro, a tendência é que haja ampliação da depressão econômica, desemprego, fome, carestia, miséria.
O Brasil é a nação com o maior número de desocupados do planeta, segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho). Mas isso tem pouco relação com a pandemia e mais com as decisões de eliminar salários e precarizar a mão de obra com a reforma trabalhista e com o fim da aposentadoria e pensões na diabólica reforma da previdência.
O discurso neoliberal de que essas reformas gerariam empregos foi uma das maiores mentiras [fake news] contadas pela velha mídia corporativa –leia-se Globo, Veja, Folha de S. Paulo, Estadão, Valor, IstoÉ, SBT, Record, Band, etc. A mesma mentira é repetida agora com a crise do apagão, com falta de água e luz, culpando o pobre São Pedro.
A tese da velha mídia e dos velhacos no Congresso é de que o preço das tarifas de água e luz baixariam com as privatizações. O parlamento e o governo aprovaram e sancionaram a picaretagem do marco do saneamento e a privatização da Eletrobras, no entanto, os serviços foram precarizados e os tarifaços castigam os brasileiros. O apagão é o brinde.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.