Vereadores do PSOL no Rio de Janeiro protocolaram um pedido de impeachment do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos).
O vereador Tarcísio Motta postou uma imagem com a vereadora Renata Souza, protocolando o pedido, e escreveu:
“PROTOCOLADO! Estivemos agora com @renatasouzario na @camarario e apresentamos ao presidente da casa o pedido de #Impeachment assinado pela deputada. Não podemos deixar que práticas milicianas sejam utilizadas para afugentar a população e impedir que a imprensa cumpra seu papel.”
PROTOCOLADO! Estivemos agora com @renatasouzario na @camarario e apresentamos ao presidente da casa o pedido de #Impeachment assinado pela deputada. Não podemos deixar que práticas milicianas sejam utilizadas para afugentar a população e impedir que a imprensa cumpra seu papel. pic.twitter.com/ZsbKTBd0WT
— Tarcísio Motta (@MottaTarcisio) September 1, 2020
O presidente da Câmara de Vereadores do Rio, Jorge Felippe (DEM), anunciou que vai levar o pedido de impeachment contra o prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos), ao plenário na quinta-feira (3). Jorge teve o aval da Secretaria Geral da Mesa e da Procuradoria da Câmara.
O mandato do prefeito já está no fim, mas ele é candidato a reeleição; e um processo agora poderá fazer um estrago em sua campanha, ou até tirá-lo do pário.
Os motivos estão na matéria a seguir:
Crivella usa ‘guardiões’ na entrada de hospitais para impedir reportagens
O telejornal RJ2 da Rede Globo mostrou um situação surreal no Rio de Janeiro. O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), estaria utilizando servidores públicos para atrapalhar a atuação da imprensa nas entradas dos hospitais públicos municipais.
Os servidores teriam horário determinado para ficar de plantão. O esquema seria organizado por grupos de Whatsapp, com escalas e comprovação da atuação através de selfies.
Segundo a reportagem, os servidores atuam em grupos e interferem sempre que um jornalista tenta ouviu um paciente sobre a qualidade do atendimento. Eles são chamados de “Guardiões do Crivella”.
Os servidores destacados têm cargos comissionados, e são ameaçados de demissão, caso não cumpram seu papel e permitam a realização das reportagens.
Um dos relatos chamou a atenção, pois, enquanto uma paciente era ouvida por uma jornalista, dois homens começaram a gritar “Bolsonaro, Bolsonaro”. A reportem não teve outra alternativa a não ser interromper a matéria.
Será que não seria melhor o prefeito utilizar esse dinheiro para melhorar o atendimento? Ou é mais barato coagir a imprensa?
Com informações do G1 e Sputnik.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.