Indignação pelo assassinato de George Floyd se espalha nos Estados Unidos

Uma onda de protestos varre os Estados Unidos, com marchas, incêndios e saques, desde de quarta-feira (27), após o brutal assassinato do negro George Floyd por um policial branco de Minneapolis.

Manifestação continuam neste fim de semana na Califórnia, Chicago, Mênfis, Nova Iorque, Oakland. Apesar da pandemia de Covid-19, milhares de pessoas saíram às ruas de Minneapolis desde o dia 27 de Maio, um dia depois de um vídeo dramático ter viralizado na Internet com as imagens um policial branco com o joelho no pescoço de Floyd, que agonizante disse:’Não consigo respirar’. logo depois faleceu -, o que detonou os protestos.

Essa frase tornou-se a palavra de ordem principal dos manifestantes desta nova onda de indignação contra uma longa história de racismo e massacres da população negra norte-americana.

‘Ser negro na América não deve ser uma sentença de morte’, disse o Presidente da Câmara de Minneapolis, Jacob Frey, falando sobre o trágico incidente.

‘Durante cinco minutos, vimos um oficial branco pressionar o joelho contra o pescoço de um homem negro. Durante cinco minutos. Quando se ouve alguém a pedir ajuda, é suposto ajudar. Este oficial falhou no sentido humano mais básico’, afirmou.

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Enquanto Frey apelava à paz e admitia que a explosão de protestos em Minneapolis ‘é o resultado de tanta raiva e tristeza acumuladas’ sobre tudo o que a comunidade negra viveu, o presidente Donald Trump chamou os manifestantes de ‘bandidos’.

As vozes de condenação estão se alastrando por todo o país, lembrando os protestos negros dos anos 60 e 70 em todo os EUA.

Bridgett Floyd, irmã da vítima, exigiu que os quatro polícias envolvidos na detenção fossem acusados de homicídio, mas nos Estados Unidos há também outra doença endêmica para casos como estes: a impunidade.

*Com informações de Prensa Latina