O chamado “gabinete do ódio”, operado por Carlos Bolsonaro, promoveu nas redes sociais e sites das milícias digitais bolsonaristas um ataque organizado contra o ministro da Casa Civil, general Braga Netto, durante esta terça-feira (7).
Segundo reportagem do Estadão, o general do Exército foi um dos responsáveis por convencer o presidente a não demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na segunda-feira (6). Setores do Exército chegam a tratar Braga Netto como uma espécie “presidente operacional” no Palácio do Planalto.
“Braga Netto é o homem certo, no lugar certo, na hora certa”, disse ao Estadão o vice-presidente, Hamilton Mourão, também alvo frequente de bolsonaristas nas redes sociais.
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“Ala ideológica do governo e o chamado ‘gabinete do ódio’, comandado por Carlos, filho ‘zero dois’ do presidente, desaprovam o poder concedido aos militares na equipe e, agora, na administração da crise. Braga Netto, no entanto, diz não se aborrecer com os ataques e continua dando ordens aos colegas, até mesmo em bilhetinhos que passa para ministros durante entrevistas no Planalto”, afirma O Estado de São Paulo.
O “Gabinete do Ódio”, que funciona dentro do Palácio do Planalto, coordena as ações criminosas das milícias digitais bolsonaristas, alvo de investigação da CMPI das Fake News no Congresso Nacional e de uma comissão do Supremo Tribunal Federal (STF) coordenada pelo ministro Alexandre de Moraes.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.