Em entrevista à Veja, Hacker compromete a lava jato, militares e até Bolsonaro

A revista Veja entrevistou o Hacker Walter Delgatti Neto, o ‘Vermelho’, que está preso em Brasilia sob a acusação de ter invadido os telefones de diversas autoridades da república.

Delgatti falou sobre as invasões que fez nos smartphones e comentou o teor de algumas mensagens que leu e que ainda não vieram a público. Elas comprometeriam a família Bolsonaro, membros das forças armadas, ministros do Supremo Tribunal Federal, além dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato.

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Delgatti contou que seu grupo invadiu o celular do general Walter Braga Netto, o atual chefe do Estado-Maior do Exército.

Economia

Braga Netto comandou o processo de intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro de fevereiro até dezembro de 2018. Nesse período, de acordo com o hacker, o general recebeu um vídeo de um de seus comandados com o relato da execução sumária de uma pessoa. “Assim que eu abri, vi o homem sendo executado”, contou o hacker.

As imagens mostrariam que foi o próprio executor quem enviou a mensagem ao general, que teria reagido de maneira singular, repreendendo o subordinado não pela morte, mas por usar o celular durante a operação.

“O rapaz matou, gravou e enviou a imagem ao general. Ele xingou. Abre aspas: ‘Usando o celular no combate. Está ficando louco?’. Foi isso que eu vi”, garantiu.

O Hacker também contou que teve acesso às contas de Telegram de dois filhos do presidente: o deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ). De acordo com o hacker, ele tem provas de que os dois parlamentares comandaram um esquema para impulsionar mensagens de WhatsApp apoiando o então candidato pelo PSL.

Sobre a Lava Jato, Delgatti afirmou que o procurador Januário Paludo recebeu propina: “Tem um áudio em que o procurador está aceitando dinheiro do Renato Duque.” Disse ele à Veja.

Fica a pergunta, será que essas conversas todas serão trazidas a público pela Vaza Jato?

As informações são da Veja.