O crescente isolamento de Jair Bolsonaro (PSL) na diplomacia antes mesmo da posse pode transformar o Brasil em uma nova Coreia do Norte.
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Primeiro, o presidente eleito disse que abandonaria o Mercosul e as relações comerciais com a China comunista. Também prometeu mudar a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, em Israel, o que provocou a ira do mundo árabe, cuja represália se deu com cancelamento de reunião pelo Egito com o chanceler Aloysio Nunes Vieira.
A possibilidade concreta de uma gestão temerária — sem trocadilhos — assusta o Itamaraty e os empresários brasileiros que já veem seus negócios internacionais minguarem a partir do ano que vem.
Por outro lado, na Coreia de Norte, o esforço de Kim Jong-um é para abrir-se com o mundo. Até com os Estados Unidos.
Apesar das bravatas e do clima de palanque — alô, a campanha já acabou! –, Bolsonaro teve várias idas e vindas em um mesmo dia sobre todos os temas. Inclusive voltou atrás acerca do comércio com os comunistas chineses.
Além de instável politicamente, recheado de pautas negativas, o próximo governo tende a ser bipolar. É bom já ir acostumando…
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.