Relembre: 10 dias para o massacre de 29 de abril

O dia 19 de abril de 2015 foi um domingo. Faltavam dez dias para o massacre do Centro Cívico. Os servidores estaduais se preparavam para mais uma greve na tentativa de barrar nas ruas o confisco da previdência pelo então governador Beto Richa (PSDB).

O governo já havia tentado aprovar o confisco em fevereiro, mas a mobilização dos servidores que ficaram em greve por um mês barrou a votação do projeto na Assembleia Legislativa do Paraná. O acordo que pôs fim a primeira greve estava sendo descumprido pelo governador. O projeto de confisco ganhou regime de urgência. Novas greves eram inevitáveis.

Os primeiros servidores a paralisarem novamente as atividades foram os professores das Universidade Estaduais. A greve deles começou dia 22 de abril. No mesmo dia, o confisco passaria pela Comissão de Constituição e Justiça da ALEP. Nos dias seguintes, uma a uma, as universidades estaduais se uniriam ao movimento. No dia 25 de março aconteceria a assembleia da APP-Sindicato.

Beto Richa propunha o confisco mensal de R$ 140 milhões ao transferir 33 mil aposentados, acima de 73 anos, do tesouro estadual para o fundo previdenciário. Os servidores estavam dispostos a lutar até o fim contra essas medidas, e lutaram…

Vamos relembrando diariamente os fatos que levaram ao trágico desfecho do massacre dos professores e servidores do Paraná no dia 29 de abril de 2015. Para que nunca mais se repita.