YouTube apaga vídeos de Lula e do site Brasil 247; alguém ainda duvida que esse papo de fake news é contra progressistas?

Nos últimos meses, setores progressistas e da mídia independente bateram muitas palmas para “maluco” dançar. Deu no que deu. O YouTube apagou vídeo do ex-presidente Lula que continha a expressão “genocida” – atribuída ao presidente cessante Jair Bolsonaro – e o site Brasil 247, de Leonardo Attuch, que protesta contra a remoção de diversos vídeos da TV 247 por suposto “discurso de ódio”.

Primeiramente, o Blog do Esmael se solidariza com Lula e o 247.

O Blog do Esmael, um dos sites mais censurados da história recente deste país, corrobora o entendimento de que a remoção de vídeos – tanto do 247 quanto de Lula – constitui censura e grave ataque à liberdade de expressão.

No caso de Lula, houve uma decisão liminar do TSE a favor de Bolsonaro que alegou “propaganda eleitoral extemporânea negativa, por ofensa à honra e à imagem de outro pré-candidato ao cargo de presidente da República”. Ainda cabe recurso.

O ministro Raul Araújo Filho, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que proferiu a decisão, é o mesmo magistrado que tentou censurar manifestações políticas das cantoras Pabllo Vittar e Marina no Lollapalooza, em março deste ano.

A gravidade é maior no caso do 247.

Economia

– A remoção arbitrária de conteúdo constitui um gravíssimo caso de censura, às vésperas das eleições presidenciais, e todas as medidas judiciais serão adotadas – protestou o site Brasil 247, e com razão.

A pretexto de caçar fake news e privilegiar o “jornalismo profissional” da velha mídia, se estabeleceu no Brasil uma perigosa censura prévia a partir das empresas de aplicação de internet [Facebook, Twitter, YouTube, Instagram, dentre outras].

Estranhamente, foi dado poder inimaginável para essas plataformas de aplicação na internet em uma sociedade que se diz democrática.

Sem decisão judicial fundamentada, as empresas de redes sociais fazem uma verdadeira farra antidemocrática removendo conteúdos que estabeleciam o contraditório e, por outro lado, ao remover conteúdos dissonantes, privilegiam a ditadura da opinião única da velha mídia golpista.

– Nenhuma ação judicial, estamos sob censura privada – confirmou ao Blog do Esmael o jornalista Leonardo Attuch, dono do site Brasil 247 e do canal no YouTube TV 247.

É mais do que urgente a regulação das redes sociais no sentido de estabelecer um marco civil dos algortimos no País, mas isso é tarefa para o próximo Congresso Nacional e para o próximo governo que vem vaí.

Acerca dessa discussão sobre fake news, fica o aprendizado para todos: pau que bate em Chico também bate em Francisco.

Infelizmente, de censura nós entendemos.

Blog do Esmael, notícias verdadeiras.

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