Pode dar ruim para o presidente Jair Bolsonaro e ele pode ser obrigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a tomar a vacina contra a covid-19, pois a corte irá decidir a compulsoriedade do imunizante.
O STF vai examinar em concreto uma ação em que os pais de uma criança de São Paulo contestam a obrigatoriedade de regularizar a imunização de seu filho, porém, a decisão terá efeito “erga omnes” (vale para todos).
De acordo com a ação a ser analisada pelo Supremo, o casal argumenta que é adepto da filosofia vegana e contrário a intervenções medicinais invasivas.
No caso do presidente Jair Bolsonaro, ele é da linha negacionista e conspiracionista. O mandatário tem defendido que a vacinação seja facultativa, não obrigatória aos brasileiros.
Bolsonaro tenta voltar a história 116 anos, ou seja, para 1904, quando houve no Brasil a guerra da vacina. Na época, também por ignorância e má-fé, a revolta foi contra a Lei da Vacinação Obrigatória e contra os serviços públicos prestados. A anti-varíola foi a vacina responsável por essa revolta.
A situação da vacinação contra a covid-19 pode ficar ruim para o presidente da República porque o ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso, reconheceu a repercussão geral do tema.
Nessa guerra a favor da vacinação facultativa, liderada por Bolsonaro, tem o outro lado que defende o oposto. Os governadores de estados como Flávio Dino (PCdoB-MA) e João Doria (PSDB-SP), por exemplo, defendem a obrigatoriedade da vacinação.
A tendência é que a maioria do STF decida pela vacinação obrigatória, inclusive do presidente Jair Bolsonaro, que deve ser o primeiro a tomar a dose do imunizante.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.