O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, classificou como “gravíssimo” a Polícia Militar invadir Plenária de Mulheres do PSOL em São Paulo e pedir documentos das filiadas.
O dirigente psolista exigiu uma explicação do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), haja vista que os policiais afirmaram que estavam “monitorando” o evento das “perigosas” mulheres.
“Grave ataque ao direito de livre organização partidária. Vamos cobrar de Doria uma explicação”, antecipou Medeiros.
O deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) também protestou contra o que ele chamou de grande afronta à democracia.
LEIA TAMBÉM
Ratinho sofre queda
Bolsonaro amplia perseguição a ‘paraíbas’ e nordestinos
Bolsonaro é denunciado na PGR por mudança na Comissão de Mortos e Desaparecidos
“Exigimos esclarecimentos do secretário de Segurança Pública e do governador de SP João Doria sobre essa abordagem truculenta e autoritária da polícia no encontro de mulheres do PSOL”, criticou o parlamentar. “Quem é o responsável, de quem partiu a ordem?”
A deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP) relatou que a invasão ao evento do partido ocorreu sem qualquer mandado judicial e os policiais disseram que queriam “monitorar os presentes”. “Essa medida autoritária é inconstitucional e incompatível com a democracia”, protestou ela.
“Não faz parte de qualquer protocolo ou procedimento de segurança pública. Estou entrando em contato com o Secretário de Segurança Pública de SP para cobrar satisfações e providências imediatas. No momento, os policiais já não estão presentes, mas disseram que voltariam à tarde, e o encontro transcorre normalmente, com muita política, debate e força feminista. Não vão nos intimidar!”, relata Sâmia.
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) afirmou que em democracia, não se vigia partidos. “Cobraremos das autoridades explicações. As mulheres seguem firmes no encontro!”
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.