PSD orienta Sciarra a deixar “urgentemente” o governo Beto Richa

psd_psdbIntegrantes da direção estadual do PSD sugeriram ao chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra, que entregue o cargo ao governador Beto Richa (PSDB). Os correligionários do pessedista temem que ele seja o próximo alvo de campanha de fritura, por causa do massacre dos professores, que levaram à demissão de Fernando Francischini (Segurança), Fernando Xavier (Educação) e César Kogut (PM).

Na Assembleia Legislativa, os dois principais deputados do partido — Chico Brasileiro e Ney Leprevost — já perfilam ao lado da oposição desde o início da legislatura em fevereiro. A bancada do PSD tem três parlamentares.

Nas redes sociais e no Centro Cívico, o chefe da Casa Civil já é “carinhosamente” chamado de Eduardo “Mete Bomba” Sciarra — em alusão à denúncia do deputado Tadeu Veneri (PT), líder da oposição, que da tribuna da Assembleia afirmou ter ouvido o secretário de Richa orientar “Mete mais bomba, mete mais bomba”.

No último dia 29 de abril, durante a votação no projeto que confisca a poupança previdenciária dos servidores, a PM atirou bombas, balas de borracha, gás lacrimogêneo e atiçou cães em manifestantes por mais de duas horas. Logo após o massacre, Beto Richa acusou professores e funcionários públicos de serem “black blocs”. Uma semana depois, arrependido, o tucano afirmou que foi “quem mais sofreu” com a surra nos educadores.

Pois bem, a cogitada saída de Sciarra do governo tem como objetivo 2018. “Mete Bomba” é lembrado para uma dobradinha, provavelmente na vice, com o senador Álvaro Dias (PSDB) visando o Palácio Iguaçu.

A proporção do massacre de Richa, em 2015, é muito maior daquele ocorrido em 30 de agosto de 1988 durante o governo Álvaro Dias. O senador tucano sempre negou autorização para que a cavalaria da PM avançasse sobre professores em greve naquela época. Por isso o PSD trabalha com a hipótese da “política de redução de danos”, ou seja, com a saída no governo Richa antes que mais esse episódio também grude no senador tucano.

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Enfim, o suplente de Álvaro é o bilionário Joel Malucelli que está de olho na vaga do titular. Para viabilizar a chapa PSDB-PSD, em 2018, quer que “Sicarra Mete Bomba” abandone já o barco de Beto Richa. Entre os pessedistas há uma máxima: “Ou Sciarra sai do cargo ou sairão com ele do cargo”.

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