Um fantasma ronda as eleições deste domingo (15), o fantasma das abstenções.
Somos 147,9 milhões de eleitores aptos a votar hoje para prefeito e vereador, no entanto, a pandemia assusta muito de nós.
Some-se ao risco sanitário, com as aglomerações, há ainda o problema da censura.
Nunca na história deste País uma eleição foi tão censurada.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não fez para realizar debates entres os candidatos nas televisões, que são concessionárias públicas. Pelo contrário. O órgão jurisdicional eleitoral preferiu se aliar à mídia corporativa, conhecida fabricadora de fake news, para supostamente combater notícias falsas.
O TSE, em conluio com a velha mídia, embargou os debates e isso dificulta hoje a mobilização e a escolha do eleitor.
Muitos cidadãos, os que irão votar, têm dificuldades para saber quem disputa o quê. Além disso, desconhecem o que eles propõem em seu município.
Contribuem para esse deserto no dia cívico as aplicações de internet –Twitter, Facebook, Instagram, WhatsApp, dentre outras– o modelo de impulsionamento.
O candidato a cargo eletivo só conseguiu estabelecer alguma conexão com seu potencial eleitorado se pagou por isso. Ou seja, a legislação eleitoral dificultou o acesso à informação na eleição em curso.
Segundo dados do próprio TSE, nas eleições de 2018, numa média nacional, 30% do eleitorado deixou de votar. Neste domingo, estima-se, esse percentual pode ficar entre 40% e 50%. Portanto, uma tristeza, muito ruim para a democracia brasileira.
Portanto, um fantasma ronda as eleições deste domingo.
537.935 candidatos disputam as eleições deste domingo em todo o País
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.