Após mais de duas décadas, João Grilo e Chicó retornam às telonas em “O Auto da Compadecida 2”, que estreou no último dia 25 de dezembro de 2024, reacendendo o encanto do clássico de Ariano Suassuna. Sob a direção de Guel Arraes e Flávia Lacerda, a sequência traz de volta Matheus Nachtergaele e Selton Mello nos papéis que marcaram suas carreiras.
A trama se desenrola 20 anos após os eventos originais, com João Grilo voltando a Taperoá e reencontrando Chicó. O retorno do esperto sertanejo o transforma em uma espécie de celebridade local, rapidamente cobiçado por políticos em plena disputa eleitoral. A sátira social, tão característica da obra original, permanece afiada, oferecendo uma reflexão bem-humorada sobre poder, fé e desigualdade.
Outro destaque é o retorno de Virginia Cavendish como Rosinha e a entrada de Taís Araújo no papel de Nossa Senhora, sucedendo Fernanda Montenegro. A escolha mantém a grandiosidade do personagem, com Taís imprimindo sua assinatura ao papel icônico.
Além do humor característico, o filme aposta em uma atualização visual e narrativa para dialogar com o público atual, sem perder a essência do sertão mágico e simbólico de Suassuna. As cenas carregam um tom poético, mesclando comédia e crítica social de forma equilibrada.
A expectativa em torno da produção é proporcional ao impacto que “O Auto da Compadecida” teve no início dos anos 2000, quando se tornou um fenômeno cultural. O filme não apenas marcou o cinema nacional, mas também imortalizou personagens que simbolizam a resiliência e a astúcia do povo brasileiro.
Para quem não quiser perder a experiência na tela grande, é recomendável garantir os ingressos com antecedência, já que as salas de cinema têm registrado alta procura. Aos que preferem assistir no conforto de casa, a sequência chegará ao Amazon Prime Video entre o final de janeiro e o início de fevereiro de 2025.
“O Auto da Compadecida 2” não é apenas uma continuação. É um reencontro afetuoso com personagens queridos, um abraço no coração dos fãs e uma homenagem vibrante à genialidade de Ariano Suassuna. Mais do que um filme, é uma celebração da cultura nordestina e de suas histórias atemporais.