Manifestantes bolsonaristas proibidos de circular em Brasília

O governador do Distrito Federal, Albaneis Rocha (MDB), decidiu neste domingo (14) fechar a Esplanada dos Ministérios aos manifestantes bolsonaristas. De acordo com decreto do mandatário, a medida é para conter manifestações inconstitucionais e antidemocráticas.

O decreto governamental determina o fechamento da Esplanada dos Ministérios da meia-noite até as 23h59 de domingo (14). No texto, Albaneis cita “ameaças declaradas por alguns manifestantes” e a “demanda urgente” de “contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública”.

No início da noite deste sábado (13), o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP), já havia determinado que a Polícia Legislativa retirasse manifestantes que ocuparam a área externa do prédio do Congresso Nacional –após tentativa de invadir áreas internas do parlamento na tarde de ontem.

Pela manhã deste sábado, um grupo de extrema direito liderado pela ativista Sara Winter teve o acampamento destruído pela Polícia Militar do Distrito Federal, sob o argumento de aglomeração ilegal e risco à saúde pública em virtude do coronavírus.

A Presidência do Senado divulgou a seguinte nota à imprensa:

A assessoria de imprensa da presidência do Senado informa que na tarde desde sábado (13), um grupo denominado “300 do Brasil” tentou invadir áreas restritas do Congresso Nacional. O grupo chegou a subir no prédio, na parte externa onde ficam gôndolas, próximo às cúpulas do Congresso Nacional.

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Assim que tomou conhecimento do ato, o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre determinou à polícia legislativa que fizesse a retirada do grupo. No momento, a polícia negocia com os manifestantes de maneira pacífica.

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Bolsonaro sob cerco neste domingo

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ficará sob cerco daqui a pouco, a partir das 14h, com concentração em frente ao Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo. Organizações de movimentos populares, torcidas organizadas, juventude, sindicalistas, enfim, o povo, realizarão mais uma manifestação pelo ‘Fora Bolsonaro, impeachment já!’

O movimento deste domingo (14) pode marcar o início do engordamento dos protestos contra o presidente Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, que aprofundam a crise econômica e empobrecem os brasileiros durante a pandemia de coronavírus.

Os protestos contra Bolsonaro e Guedes ocorrem hoje no contexto do desemprego em alta, batendo mais da metade população economicamente ativa em idade de trabalhar (51,5%). Esse levantamento do Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) faz do Brasil a nação com o maior número de desempregos do mundo.

Enquanto dá calote nos trabalhadores, que começariam a receber R$ 1.045 do FGTS emergencial, o governo federal não mede esforços para transferir dinheiro público para bancos e especuladores a título de pagamento de juros e amortizações da dívida interna –em detrimento da saúde de todos e do direito da população ter o mínimo para a sua subsistência.

Neste sábado (14), em Brasília, uma carreata deu o pontapé das manifestações do ‘Fora Bolsonaro, impeachment já!’ em todo o País.

O movimento deste domingo não é para apenas tirar Bolsonaro e o vice Hamilton Mourão, mas para estabelecer um novo projeto de nação com produção, pleno emprego, salários, consumo, distribuição de renda e reconstrução do Estado do Bem-Estar Social com saúde, educação e trabalhado universais e de qualidade.

Portanto, caro leitor, a cidadania brasileira não pode tomar esses protestos pela saída de Bolsonaro e Moro como uma simples “rejeição pessoal”. Pelo contrário. Não são os modos e costumes do presidente e do vice que estão em julgamento, mas tudo que eles representaram e representam com a ajuda da velha mídia e da força-tarefa Lava Jato —de quem falamos antes neste Blog do Esmael.