Lula pedirá prisão dos donos da Veja

Não resta a Lula senão o pedido de prisão dos donos da Veja, segundo a defesa do ex-presidente.

A publicação da Editora Abril canalhamente violou o direito de imagem da ex-primeira-dama Marisa Letícia, falecida no início de fevereiro deste ano.

O remédio amargo, o do cárcere, tem previsão constitucional em casos de reiteradas violações a direito fundamental.

“Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei”, diz o Código Civil Brasileiro invocado pelos advogados de Lula.

Ou seja, o ex-presidente da República processará os Civita no Civil e no Criminal, com pedido de prisão dos donos da Veja.

A seguir, leia a íntegra da nota da defesa de Lula:

Economia

Nota

Fruto de jornalismo inconsequente e sensacionalista, buscando ofuscar a inocência de Lula e os atos ilegais da Lava Jato, a revista Veja ofende a memória de D. Marisa Leticia, falecida em 3/2/2017, ao veicular sua fotografia na capa e produzir conteúdo mentiroso.

Lula jamais “chegou a apontar o dedo para a mulher” em depoimento prestado ao juízo de Curitiba no último dia 10, como afirmou de forma leviana a publicação. Lula esclareceu o que está nos documentos que estão à disposição da Lava Jato: D. Marisa comprou uma cota da Bancoop em 2005 e fez a gestão do investimento ao longo do tempo, até decidir, em 2014, que não iria comprar o triplex. Em 2015 D. Marisa — na condição de titular da cota — promoveu uma ação contra a Bancoop e a OAS pedindo a devolução dos valores que ela havia investido entre 2005 e 2009. Lula sempre sublinhou a legalidade dos atos de D. Marisa em relação a essa cota, jamais tendo atribuído a ela qualquer responsabilidade pelas afirmações que constam na acusação do Ministério Público, que são manifestamente descabidas.

Veja será responsabilizada judicialmente, na forma do artigo 12, parágrafo único, do Código Civil, pelo intolerável atentado à memória de D. Marisa por meio de mentiras e distorções.

Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins

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