Lava Jato implode e procuradores abandonam Deltan Dallagnol

O pedido de demissão de seis procuradores da Lava Jato, nesta quarta (4), é o indicativo de que força-tarefa já implodiu.

Os procuradores demissionários alegam que há incompatibilidade entre a força-tarefa e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que relativizou a delação premiada do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS.

Na lista com os nomes que pediram desligamento há a ausência de um: Deltan Dallagnol. O chefe da força-tarefa se apegou ao cargo para não cair “mais” ao fundo do poço.

LEIA TAMBÉM
URGENTE: jornalistas do Intercept correm risco de morte, alerta ONU

Manifestação contra os desmandos da lava jato no MPF de Curitiba

A crise na Lava Jato é reflexo da #VazaJato, as denúncias de conluio entre procuradores e o ex-juiz Sérgio Moro, embora para o consumo público os demissionários utilizem Raquel Dodge como cortina de fumaça.

Economia

Na prática, os demissionários abandonaram Deltan ferido na estrada e anteciparam e decretaram o fim da força-tarefa, que degringolou para uma série de ilegalidades.

O partido da Lava Jato já vai tarde, pois é a responsável pelos milhões de desempregados no País em virtude do falso combate à corrupção.

A seguir, leia a íntegra do pedido de demissão coletiva na Lava Jato:

Prezados colegas,

Devido a uma grave incompatibilidade de entendimento dos membros desta equipe com a manifestação enviada pela PGR ao STF na data de ontem (03.09.2019), decidimos solicitar o nosso desligamento do GT Lava Jato e, no caso de Raquel Branquinho, da SFPO. Enviamos o pedido de desligamento da data de hoje.

Foi um grande prazer e orgulho servir à Instituição ao longo desse período, desempenhando as atividades que desempenhamos. Obrigada pela parceria de todos vocês.

Nosso compromisso será sempre com o Ministério Público e com a sociedade.

Raquel Branquinho

Maria Clara Noleto

Luana Vargas

Hebert Mesquita

Victor Riccely

Alessandro Oliveira