Há 3 anos, servidores gritavam “bando de ladrão, vai sair de camburão” na ALEP

Em 08 de abril de 2015, a temperatura voltava a subir no enfrentamento entre os servidores estaduais e os deputados da “bancada do camburão” na Assembleia Legislativa do Paraná. Os servidores ocuparam as galerias da ALEP para a audiência pública que discutiu o confisco da previdência pelo então governador Beto Richa (PSDB).

A tensão foi tanta que o líder do governo, deputado Romanelli (PSB), não conseguiu utilizar a palavra. A reunião foi encerrada sem cumprir o protocolo e transferida para a semana seguinte.

Deputados da oposição pediram mais tempo para debater o projeto de confisco e as emendas sugeridas pelos servidores. “Estaremos cobrindo a conta do cheque especial com cartão de crédito? Precisamos de um debate técnico e sério e não em regime de urgência”, questionou o deputado Requião Filho (MDB).

Recuperamos um vídeo da época com uma parte da confusão:

Mesmo sem discutir o mérito do projeto, a audiência serviu para antecipar o nível de enfrentamento que seria instalado nas semanas seguintes. De qualquer maneira, a intensão dos deputados governistas não era discutir o projeto em si, mas somente cumprir o protocolo e poder dizer que o confisco foi debatido com a sociedade.

Economia

O Blog do Esmael segue relembrando, dia a dia, os eventos do mês de abril de 2015, que culminaram com o massacre de 29 de abril, no Centro Cívico. Para que nunca se esqueça.

Qualquer semelhança com os ataques contra os apoiadores do ex-presidente Lula em frente à Sede da Polícia Federal na noite de ontem (07) não é mera coincidência. As situações são bem diferentes, mas a truculência policial é a mesma.