O presidente cessante Jair Bolsonaro (PL) – mancomunado com garimpeiros, madeireiros, et caterva – atacou hoje (14/05) o MST, durante ato político do PL, em Goiás, enquanto a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, visitava um acampamento de sem terra no município de Porecatu, Norte Pioneiro do Paraná.
– O integrante do MST, o assentado, ao receber um título de propriedade, passou a ser um cidadão e ficou do nosso lado. Quando estava do outro lado, ele era obrigado a seguir orientações de João Pedro Stédile, entre outros marginais. E hoje em dia, ao receber o título de terra, passou para o lado do bem e é parceiro do fazendeiro – disse o presidente terminal.
Apesar do discurso de Bolsonaro, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) suspendeu na sexta-feira (13/05) todas as atividades que envolvam deslocamentos ou sejam avaliadas como “não urgentes” por falta de orçamento.
– Em razão da atual indisponibilidade de recursos para a execução de atividades finalísticas da autarquia, informa-se que devem ser suspensas quaisquer atividades que envolvam deslocamentos para eventos, mesmo que entrega de títulos, uma vez que os recursos deverão ser priorizados em ações entendidas como urgentes e obrigatórias pela Sede – diz o documento do Incra, desmentindo o inquilino do Palácio do Planalto.
“Herdeiros da Luta”
Gleisi esteve no acampamento do MST batizado de “Herdeiros da Luta”, em Porecatu. Ela estava acompanhada do deputado Arilson Chiorato, presidente estadual do PT e coordenador da pré-campanha de Lula no Paraná.
– No lugar, cujo nome é tão significativo, participamos do encontro dos Comitês Populares de Luta da Região Norte – disse o parlamentar. “Vamos juntos pelo Paraná e pelo Brasil!”, convocou Chiorato.
No mês de março, em Londrina, o ex-presidente Lula e o ex-senador Roberto Requião (PT) visitaram um encontro de sem terra. O encontro reuniu 10 mil pessoas na localidade Lerroville.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.