A Força Sindical do Paraná emitiu nesta quinta-feira (21) uma nota de repúdio à postura dos candidatos ao governo do estado, Beto Richa (PSDB) e Gleisi Hoffman (PT), por declararem apoio à proposta da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) para o Piso Mínimo Regional. Para a Central Sindical, a proposta enfraquece o salário mínimo estadual, o poder de compra dos mais de 1 milhão de trabalhadores beneficiados! e, por conseguinte, a economia estadual.
Lamentamos que dois candidatos que tem a pretensão de governar o Paraná se mostrem favoráveis a uma proposta que significa o retrocesso para a vida dos paranaenses. Reduzir ou congelar salário é deixar de injetar dinheiro na economia do estado!, disse o presidente da Força, Sérgio Butka.
A manifestação da Força Sindical ignorou a nota da candidata Gleisi Hoffmann (PT) emitida na quarta-feira (20) negando ter assinado compromisso de baixar o piso regional. Sou a favor da manutenção do salário mínimo regional e qualquer alteração passa por amplo diálogo com todos os segmentos da sociedade envolvidos nesta discussão!, afirmou Gleisi.
A Força também emitiu nota em agradecimento ao posicionamento do candidato ao governo Roberto Requião (PMDB), que se mostrou totalmente contrário a proposta da Fiep, afirmando que em seu governo a formula de reajuste para o piso regional vai continuar sendo a reposição da inflação mais o índice de produtividade estadual.
O Piso Mínimo Regional foi criado em 2005, pelo então governador do Paraná, Roberto Requião, e atualmente beneficia mais de 1 milhão de trabalhadores que não tem convenção ou acordo coletivo de trabalho. Também serve de referência, puxando para! cima as negociações salariais de várias categorias profissionais do estado.
Leia a seguir as duas notas da Força Sindical:
Nota de repúdio da Força Sindical do Paraná à postura dos candidatos ao governo Beto Richa (PSDB) e Gleisi Hoffman (PT) em relação à proposta da FIEP sobre! o Piso Mínimo Regional do Paraná
Lamentamos e repudiamos a postura dos candidatos ao governo do Paraná, Beto Richa (PSDB) e Gleisi Hoffmann (PT),! por terem se posicionado a favor da proposta da Federação das Indústrias do Estado do Paraná! – FIEP – para o Piso Mínimo Regional.! A nosso ver, a proposta representa um retrocesso ao avanço social e ao desenvolvimento econômico do Paraná.! Hoje, o piso mínimo do Paraná é o maior do Brasil, posição que sempre manteve desde a sua criação em 2005, durante o governo de Roberto Requião, graças ao fato de sempre ser reajustado levando-se em conta a reposição da inflação mais o ganho da produtividade estadual.!
Por isso, há partir do momento que se abre mão dessa fórmula certeira, cedendo a pressão patronal, se abre espaço para que o piso! regional deixe de ter os ganhos que vem tendo, rebaixando-o ao nível do salário mínimo nacional e, dessa forma,tornando-o a médio prazo, inútil. à‰ inconcebível que a mão de obra qualificada do Paraná seja nivelada com a de estados brasileiros que possuem um desenvolvimento socioeconômico inferior.
Queremos um Paraná com uma economia forte e com um piso regional à altura e condizente com o valor e a qualidade da mão de obra que temos. Quanto mais valorizado o trabalhador,! mais a economia tem a crescer e ganhar.! à‰ por isso que hoje,! o efeito do piso regional tem mantido o Paraná em posição de destaque no cenário econômico nacional, com vários índices de crescimento nos últimos anos. Segundo o Dieese, a Região Metropolitana de Curitiba tem apresentado os menores índices de desemprego. Os dados do IBGE também colocam o estado como um dos líderes no crescimento industrial do Brasil.
Esses dados se devem em grande parte, senão no todo, à política do piso mínimo regional. Acabar ou amolecer nessa política é dar um tiro no escuro e jogar o futuro do Paraná e dos mais de 1.000.000 de trabalhadores num mar de incertezas.
Força Sindical do Paraná! ! ! ! !
Curitiba, 21 de agosto de 2014
Nota de agradecimento ao candidato Roberto Requião (PMBD) pela postura firme em relação a proposta da FIEP para o Piso Mínimo Regional do Paraná
Agradecemos o candidato ao governo do Paraná, Roberto Requião (PMDB), pela atitude firme e coerente em se posicionar contra a proposta da Federação das Indústrias do Estado do Paraná – FIEP – para o Piso Mínimo Regional. Corroborando com a nossa visão,! ! Requião também entende a proposta como um retrocesso ao avanço social e ao desenvolvimento econômico do Paraná.! Hoje, o piso mínimo do Paraná é o maior do Brasil, posição que sempre manteve desde a sua criação em 2005, durante o governo do mesmo Roberto Requião, graças ao fato de sempre ser reajustado levando-se em conta a reposição da inflação mais o ganho da produtividade estadual.!
Essa é uma fórmula que se mostrou certeira até agora. Ceder à pressão patronal é abrir! espaço para que o piso! regional deixe de ter os ganhos que vem tendo, rebaixando-o ao nível do salário mínimo nacional e, dessa forma, tornando-o a médio prazo, inútil. à‰ inconcebível que querer nivelar a mão de obra qualificada do Paraná com a de estados brasileiros que possuem um desenvolvimento socioeconômico inferior.
A política do piso regional tem sido eficiente até agora. à‰ graças a essa política que a economia do Paraná tem se mantido. à‰ fórmula certeira de que quanto mais valorizado o trabalhador, mais a economia tem a crescer e ganhar.
à‰ para manter essa política que! a Força Sindical! do Paraná e os trabalhadores do estado contam um governo que tenha pulso firme e coragem! para vencer a pressão patronal, mantendo a política eficiente e justa de reajuste do salario mínimo baseada! na reposição da inflação mais os ganhos de produtividade do estado, formula que tem deixado o Paraná na rota do desenvolvimento! que almejamos: uma! economia forte com o trabalhador valorizado.
Força Sindical do Paraná
Curitiba, 21 de agosto de 2014
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.