Ex-PRF preso Silvinei Vasques é “Bicho do Paraná”, orgulha-se a direitona do estado

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso nesta quarta-feira (9/8) em Florianópolis pela Polícia Federal (PF) como parte da Operação Constituição Cidadã.

A operação investiga interferências no segundo turno das eleições de 2022, quando Vasques estava à frente da PRF, para beneficiar o então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Silvinei Vasques, comandante da PRF na época das eleições, está sendo conduzido para Brasília após sua prisão na capital catarinense.

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A Operação Constituição Cidadã, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, também incluiu a execução de 10 mandados de busca e apreensão em diversos estados, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.

A investigação da PF abrange a suposta prática dos crimes de prevaricação, violência política e impedimento do exercício do sufrágio, conforme os códigos Penal e Eleitoral brasileiros.

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A ação da polícia tem como objetivo esclarecer se houve irregularidades nas ações da PRF durante o dia do segundo turno das eleições de 2022, especificamente no que diz respeito a eventuais restrições à locomoção de eleitores e suposta atuação partidária.

A Operação Constituição Cidadã também engloba a oitiva de 47 policiais rodoviários federais e mira outros membros da corporação, incluindo Wendel Matos, ex-corregedor-geral da PRF, que arquivou denúncias relacionadas a blitzes durante o período das eleições.

Além disso, Djairlon Moura, ex-diretor de Operações, e um ex-diretor de Inteligência da PRF, cujo nome não foi revelado, também estão entre os alvos da operação.

Silvinei Vasques, que tem 48 anos e é natural de Ivaiporã, Paraná, ingressou na PRF em 1995.

Ele possui formação em economia, administração, direito e segurança pública.

A direitona do estado orgulha-se de o ex-PRF preso ser um “Bicho do Paraná”.

“Bicho do Paraná” é uma expressão surgida na década de 1980, com a música homônima de João Lopes, morto em 2020, que indica o origem da pessoa no estado.

Durante seu período como diretor-geral da PRF, que se estendeu de abril de 2021 a dezembro de 2022, houve mais de 500 operações da corporação, muitas concentradas na região Nordeste, no dia do segundo turno das eleições de 2022.

Nessa ocasião, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia proibido operações que pudessem restringir a locomoção de eleitores, o que levanta questionamentos sobre a conduta da PRF durante o processo eleitoral.

No entanto, Silvinei Vasques defendeu sua atuação afirmando que os policiais da PRF estavam presentes para garantir a segurança e que não houve registro de acidentes graves envolvendo ônibus e vans durante o segundo turno das eleições.

Ele negou qualquer irregularidade em relação à interferência nas eleições e destacou a diversidade política entre os policiais da PRF.

Vasques ainda ressaltou a complexidade de coordenar uma suposta operação irregular envolvendo milhares de policiais sem comunicação prévia.

Vasques já enfrentava outras investigações e acusações. Em novembro de 2022, ele se tornou réu por improbidade administrativa devido a denúncias do Ministério Público Federal (MPF) que alegavam que ele usou seu cargo e símbolos da PRF para promover um candidato presidencial.

O MPF também pediu seu afastamento, embora o pedido tenha sido negado pelo Judiciário.

A Polícia Federal e a própria PRF conduzem investigações sobre as ações da corporação durante as eleições de 2022.

A prisão de Silvinei Vasques marca um novo capítulo na investigação das supostas interferências nas eleições de 2022 e gera questionamentos sobre o papel das instituições durante o processo eleitoral.

A Operação Constituição Cidadã continua a desvendar as circunstâncias desses eventos, ressaltando a importância da integridade das eleições e da atuação imparcial das autoridades públicas.

A defesa de Vasques e o desdobramento dessa operação são aguardados com expectativa.

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One Reply to “Ex-PRF preso Silvinei Vasques é “Bicho do Paraná”, orgulha-se a direitona do estado”

  1. O falecido João Lopes, deve estar ser remoendo no seu túmulo depois desta. Até onde eu tenho conhecimento a expressão “Bicho do Paraná” era para agraciar pessoas, com condutas ilibadas, de destaque para a sociedade, que fazem ações em benefício da sociedade e etc….mas, este Vasques, fez é um crime contra a DEMOCRACIA. Como paranaense, ficou envergonhado pelos que o aplaudem aqui no Paraná e neste nosso Brasil.

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