Engenheiros da AEPT criticam aumentão na gasolina [16%] e no diesel [26%]: ‘Quem perde é o brasileiro e a economia nacional’

O anunciado aumento dos preços dos combustíveis pela Petrobrás desencadeou críticas da AEPT, a combativa Associação de Engenheiros da Petrobras.

O aumentão de 16,27% na gasolina e 25,83% no diesel – em dia de apagão nacional – foi justificado com base na consolidação dos preços do petróleo e otimização operacional.

No entanto, tenha em mente, os aumentos no diesel e na gasolina são para maximizar os ganhos dos acionistas privados da petrolífera, que, sadicamente, alegam suposto combate à inflação.

Economia

“Quem perde é o brasileiro e a economia nacional, com inflação mais alta e redução da produtividade”, contesta a AEPT.

Os engenheiros da AEPT recorda que tem alertado desde maio para a farsa do fim do Preço Paritário de Importação (PPI).

Natal Foz

O engenheiro químico Felipe Coutinho, vice-presidente da AEPET, afimrou que “o fim do Preço Paritário de Importação (PPI) é mais uma farsa” e que “somente a Petrobrás consegue suprir o mercado doméstico de derivados com preços abaixo do paritário de importação e, ainda assim, obter resultados compatíveis com a indústria internacional e sustentar elevados investimentos que contribuem para o desenvolvimento nacional”.

A elevação dos preços ocorre depois de importadores e porta-vozes dos controladores de refinarias privatizadas protestarem que os preços estariam defasados em relação ao mercado internacional, após alta das cotações do petróleo.

Imediatamente após o anúncio do aumento, as ações da Petrobrás tiveram acentuada alta nas Bolsas de São Paulo e Nova Iorque.

O Bradesco BBI comemorou a alta dos combustíveis:

“Boas notícias. Em uma base anualizada, isso representa aproximadamente um incremento de 7% no FCFE (fluxo de caixa livre para o acionista, ou Free Cash Flow to Equity) , que poderia ser convertido em dividendos em grande parte.”

Quem perde é o brasileiro e a economia nacional, com inflação mais alta e redução da produtividade, critica a AEPT.

LEIA TAMBÉM