O anunciado aumento dos preços dos combustíveis pela Petrobrás desencadeou críticas da AEPT, a combativa Associação de Engenheiros da Petrobras.
O aumentão de 16,27% na gasolina e 25,83% no diesel – em dia de apagão nacional – foi justificado com base na consolidação dos preços do petróleo e otimização operacional.
No entanto, tenha em mente, os aumentos no diesel e na gasolina são para maximizar os ganhos dos acionistas privados da petrolífera, que, sadicamente, alegam suposto combate à inflação.
“Quem perde é o brasileiro e a economia nacional, com inflação mais alta e redução da produtividade”, contesta a AEPT.
Os engenheiros da AEPT recorda que tem alertado desde maio para a farsa do fim do Preço Paritário de Importação (PPI).
O engenheiro químico Felipe Coutinho, vice-presidente da AEPET, afimrou que “o fim do Preço Paritário de Importação (PPI) é mais uma farsa” e que “somente a Petrobrás consegue suprir o mercado doméstico de derivados com preços abaixo do paritário de importação e, ainda assim, obter resultados compatíveis com a indústria internacional e sustentar elevados investimentos que contribuem para o desenvolvimento nacional”.
A elevação dos preços ocorre depois de importadores e porta-vozes dos controladores de refinarias privatizadas protestarem que os preços estariam defasados em relação ao mercado internacional, após alta das cotações do petróleo.
Imediatamente após o anúncio do aumento, as ações da Petrobrás tiveram acentuada alta nas Bolsas de São Paulo e Nova Iorque.
O Bradesco BBI comemorou a alta dos combustíveis:
“Boas notícias. Em uma base anualizada, isso representa aproximadamente um incremento de 7% no FCFE (fluxo de caixa livre para o acionista, ou Free Cash Flow to Equity) , que poderia ser convertido em dividendos em grande parte.”
Quem perde é o brasileiro e a economia nacional, com inflação mais alta e redução da produtividade, critica a AEPT.
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